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23/05/2024

IGMI-R ABECIP Sobe 0,96% em abril e mantém crescimento na variação acumulada em 12 meses

O Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R) subiu 0,96% em abril, mostrando desaceleração em comparação a março, quando havia registrado alta de 1,49%

Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R)

O Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R) subiu 0,96% em abril, mostrando desaceleração em comparação a março, quando havia registrado alta de 1,49%. Apesar da desaceleração na taxa mensal, a taxa interanual continuou a crescer, passando de 10,29% em março para 10,83% em abril. Esta é a maior taxa interanual registrada desde julho de 2023, quando o índice acumulava aumento de 11,49%.

Outros indicadores do mercado imobiliário, como o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) e o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), também registraram aceleração. Isso indica que o mercado imobiliário, dividido em construção e locação residencial, está aquecido, conforme ilustrado no gráfico a seguir.

INCC x IVAR 

Evolução da taxa de variação acumulada em 12 meses

O cenário atual sustenta um bom momento para o setor imobiliário. Os preços dos aluguéis, medidos pelo Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), acumulam um aumento interanual de 9,16% até abril, apresentando um movimento similar ao Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), que avançou 10,83% no mesmo período. Ambos os indicadores contrastam com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que segue em desaceleração, registrando uma alta de 3,69% até abril de 2024, em comparação aos 4,18% de abril de 2023.

A recuperação observada no início de 2024 se confirma como uma tendência positiva para o setor imobiliário, impulsionada pelos cortes acumulados na taxa Selic até maio de 2024. No entanto, a autoridade monetária ressalta que essa tendência precisará ser reavaliada a partir de maio, diante dos desafios que se acumulam no cenário doméstico e internacional.

A evidência de um crescimento real no mercado imobiliário, em um período de inflação controlada, ressalta o potencial de investimento e a atratividade do setor. Este momento destaca a resiliência e o dinamismo do mercado imobiliário como um componente crucial da economia, capaz de se adaptar e prosperar mesmo diante de desafios macroeconômicos.

IGMI-R

Taxas de variação mensal e acumulada em 12 meses 

          Fonte: Elaboração FGV IBRE com dados da ABECIP

Em abril, o preço dos imóveis residenciais apresentou crescimento em apenas quatro das dez cidades integrantes do IGMI-R. As cidades que mostraram essa tendência estão localizadas nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. No Nordeste, todas as cidades registraram crescimento mais forte que no mês anterior: Fortaleza (de 0,81% para 1,06%), Recife (de 1,23% para 1,24%) e Salvador (de 0,31% para 0,76%). No Centro-Oeste, apenas Goiânia apresentou um aumento na taxa de variação, que passou de 1,85% para 1,97%.

IGMI-R

Evolução da taxa de variação (%) nos primeiros quadrimestres desde 2016

 

A variação acumulada pelo IGMI-R nos primeiros quatro meses de 2024 foi de 5,24%, sendo a maior taxa acumulada para o mesmo período desde 2016, evidenciando o aquecimento do setor imobiliário em 2024. Essa tendência também foi observada em outras seis cidades que fazem parte do índice, abrangendo três grandes regiões do país, o que indica que essa aceleração está distribuída por grandes cidades em todo o território nacional. Apenas a região Sul apresentou uma taxa inferior à observada nos últimos anos, um fenômeno que não tem relação com as chuvas que afetaram a região no início de maio, período não considerado nesta edição do IGMI-R. Entre as regiões cujas cidades acumulam as maiores altas estão Belo Horizonte (11,26%), Salvador (8,69%) e Brasília (7,82%). 

FONTE: ABECIP