Sob forte pressão do avanço dos preços de produtos agropecuários e industriais no atacado, o IGPM (Índice Geral de Preços-Mercado) acelerou a alta a 1,86% na segunda prévia de outubro. No ano, o avanço acumulado já é de 8,32%, e nos últimos 12 meses, de 10,06%. Medido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), o IGPM é referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e, principalmente, de aluguel de imóveis – item que mais reflete a alta do índice.
Isso, porém, está mudando. Analistas de mercado avaliam que dificilmente os proprietários de imóveis já alugados e que tenham reajuste do contrato neste mês conseguirão aplicar a alta de 10,06% sobre o valor atual. Segundo eles, diferentemente do IGPM, o mercado imobiliário “esfriou” nos últimos meses. Em setembro, o índice FipeZap – principal “termômetro” do mercado imobiliário brasileiro – indicou que o preço dos imóveis caiu 0,12% em 20 cidades brasileiras.
Lei da oferta e da procura - Isso, dizem os analistas, significa que muitos proprietários não estão conseguindo vender seus imóveis e partindo para a segunda opção: oferecê-los para a locação.
Com a maior oferta na praça de imóveis para alugar, o preço cai – é a lei da oferta e da procura. Hora de pechinchar. Os analistas dizem que, para isso, o morador deve apresentar ao proprietário argumentos a seu favor, como pagamento em dia, zelo pelo imóvel e boa conduta – não incomodá-lo com “bobagens”. São apelos considerados importantes pelo mercado, no atual momento de “vacas magras” para todo mundo.