Os preços de imóveis atingiram, em julho, queda de 0,09%, ante o mesmo mês de 2015. Foi a maior redução nominal de um mês em relação ao período equivalente do ano anterior desde o início da série histórica do índice FipeZap, em 2012, segundo o economista da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), Eduardo Zylberstajn.
Calculado pela Fipe em parceria com o portal Zap, o índice avalia preços anunciados em 20 cidades. Considerando-se a inflação esperada para o período de 12 meses, de 8,62%, houve queda real de 8,01% na comparação de julho com o sétimo mês do ano passado.
Retomada - A queda resulta do fato de menos pessoas estarem dispostas a comprar, com desemprego alto e restrições maiores para financiar. Assim, os proprietários dos imóveis foram pressionados a oferecer melhores condições de negociação para consumidores, como explica o economista Raone Costa, também da Fipe.
Na avaliação de Zylberstajn, a retomada do setor imobiliário ocorrerá quando houver melhora do ambiente macroeconômico, com elevação dos indicadores de emprego e redução de juros.
Segundo o Fipezap, todas as cidades tiveram queda real no custo do metro quadrado dos imóveis nos primeiros sete meses de 2016.
O maior recuo foi na cidade do Rio de Janeiro, onde os preços caíram 1,82%; em terceiro vem o Recife, com queda de 1,37%.
