A média de preço de venda dos imóveis residenciais subiu 0,14% em abril, gerando um avanço de 0,38% nos primeiros quatro meses de 2019, aponta o índice FipeZap, que mede variações no mercado imobiliário. Mas a alta não significa boa notícia para o investidor.
O percentual de ganho mensal ficou abaixo da inflação IBGE/IPCA de 0,60%, o que gerou uma queda de 0,45% no preço médio real. É ruim para o comprador, que vai ter de pagar mais caro, e para o investidor, que viu desvalorização do imóvel.
A inflação acumulada de janeiro a abril, embora controlada, já atinge 2,12%. Para o setor, resultado significa uma desvalorização real de 1,70% no preço de empreendimentos residenciais no primeiro quadrimestre de 2019.
Nos últimos 12 meses, a única capital das 16 monitoradas pelo FipeZap que teve preços acima da inflação foi Goiânia, alta de 5,16%, contra 4,97% de inflação no período.
Brasília foi a capital com maior aumento de preço médio (2%) entre as 16 capitais monitoradas pelo FipeZap. Curitiba, em contrapartida, teve recuo de 1,25% no preço médio dos imóveis residenciais.
O preço médio de imóveis residenciais está em R$ 7.187/m² entre as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap.
O município do Rio de Janeiro continua como a capital com o preço do metro quadrado mais caro (R$ 9.476/m²), seguida por São Paulo (R$ 8.899/m²) e Brasília (R$ 7.312/m²).
O metro quadrado mais barato está em Campo Grande (R$ 4.082/m²), Goiânia (R$ 4.300/m²) e João Pessoa (R$ 4.464/m²).
O desempenho sinaliza uma recuperação ainda lenta do setor, que foi um dos mais impactos na crise econômica que começou em 2014. Não bastasse a sucessão de quedas de 2014 a 2017, a variação anual do preço médio de venda de imóveis residenciais ficou negativa em 2017 (-0,53%) e 2018 (-0,21%).