Sejam uma oportunidade para comprar a casa própria ou a chance de fazer um bom negócio, os leilões de imóveis provenientes de bancos são mais uma opção para quem tem dinheiro disponível. Retomados devido à inadimplência, os imóveis são vendidos de novo por até 50% do valor de mercado.
No dia 31, a Sodré Santoro Leiloeiro Oficial realiza leilão do banco Bradesco, nas modalidades presencial eon-line. Serão leiloados 86 lotes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O maior número de lotes, com 51 imóveis, é o de casas, seguidas de apartamentos (oito) e de terrenos na área rural (seis). Porém os lotes estão ocupados pelos antigos moradores, gerando custo extra de desocupação.
"Comprar imóvel em leilão é um bom negócio por um somatório de fatores", defende Moacir De Santis, leiloeiro oficial da Sodré Santoro e há 37 anos no mercado. "O meu conselho aos interessados é para que leiam atentamente o edital, porque é lá que estão escritas todas as regras, as condições do imóvel, todo o descritivo, se está ocupado ou não, quem é o responsável por retirar o antigo morador, quanto tempo vai levar, todas essas coisas. A pessoa tem que entrar no leilão sabendo o que vai acontecer", avisa De Santis.
Pacote de vantagens - Para ele, as vantagens com a compra no leilão superam o entrave de o imóvel estar ocupado pelo antigo proprietário. "Comprar imóvel em leilão representa três vantagens: a origem, pois não precisará se preocupar em tirar certidões, o bem está regularizado; o preço, que é mínimo, pois o banco não quer o imóvel, quer o dinheiro; e condições de pagamento, com desconto de 10% à vista ou 20% de sinal e até nove parcelas sem acréscimo", afirma De Santis.
Para o gerente comercial da Vizeu Leiloeiro Oficial, Eduardo Romero Lopes, a oferta de imóveis em leilão de banco cresceu muito e reflete a crise, mas também sinaliza oportunidades. A Vizeu realiza leilão de 18 lotes do banco Banorte, no dia 29. A maioria em áreas rurais em Goiás, Espírito Santo, Pernambuco, São Paulo e Santa Catarina. "É um leilão ideal para investidor, são terrenos próprios para construção de casas, condomínios e comércios", destaca Lopes.
A Biasi Leilões também fecha o mês com uma maratona de leilões de bancos. No dia 28, serão leiloados 20 lotes do Itaú, entre apartamentos e casas, em São Paulo, Rio, Minas e Espírito Santo; e duas casas do banco PAN, uma no bairro do Morumbi e outra em Ribeirão Preto. E amanhã (27), serão dez lotes do Banco do Brasil, entre apartamentos, casas e salas comerciais, no Ceará, Piauí, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Sul, Goiás, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Leiloeiro oficial da Biasi, Eduardo Consentino lembra que há cerca de dois meses houve uma queda generalizada nas vendas, que agora estão sendo retomadas. "Vendi para um casal que trocou a compra tradicional pelo leilão ao saber que, no mesmo prédio, havia um imóvel nessa condição. Eles economizaram 40% na compra, o que foi suficiente para mobiliar e decorar e ainda sobrou dinheiro", conta.