A inadimplência não cresce de maneira uniforme no Brasil, aponta uma pesquisa da Serasa Experian. O Norte e o Nordeste têm altas maiores do índice. Na comparação entre março deste ano com o mesmo mês de 2015, os Estados do Acre, Bahia e Ceará lideram as porcentagens de aumentos. Os menores incrementos aconteceram no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná -ainda assim, houve altas em todo o país.
Apesar de ter atingido o Brasil inteiro, a inadimplência é impelida por motivos específicos em diferentes regiões do país, diz Luiz Rabi, economista da Serasa. "No Centro-Oeste, Sudeste e Sul, a renda não caiu tanto, mas o desemprego subiu e foi a principal razão para a falta de pagamentos."
Já nos Estados do Nordeste e do Norte, é a queda da renda real que explica o aumento da inadimplência, afirma o economista. Nas regiões com menos deterioração, no entanto, o valor médio da falta de pagamentos é mais alto.
No Centro-Oeste, as dívidas não honradas são de R$ 5.540, em média. No Nordeste, esse número é de R$ 3.066, o menor do Brasil.
O problema bate recordes no país. "São 60 milhões de brasileiros [inadimplentes], é 40% da população adulta do país, nunca tivemos um nível que afetasse tanta gente. Não sei quanto pior o número pode ficar."
Em 2012, quando começou essa aferição, eram 50,2 milhões de pessoas na situação.