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08/06/2016

Inadimplência deve crescer em 2016 após três anos de estabilidade

No acumulado do ano a elevação foi de 3,5%, sempre na comparação iguais períodos do ano anterior.

A inadimplência do consumidor aumentou 3,2% nos últimos 12 meses, segundo a Boa Vista SCPC. No acumulado do ano a elevação foi de 3,5%, sempre na comparação iguais períodos do ano anterior.

No confronto entre maio deste ano e igual mês de 2015 houve queda de 8,9%, enquanto que na série com ajuste sazonal a inadimplência recuou 2,2% na comparação com abril.

Na avaliação da Boa Vista SCPC, após três anos de estabilidade, a inadimplência dos consumidores esboça sinais de crescimento e deverá se elevar ao longo de 2016.

Ainda segundo o birô de crédito, a deterioração crescente do mercado de trabalho tem contribuído para piora do orçamento das famílias, o que tem levado a uma elevação dos atrasos nos pagamentos de dívidas e contas em geral.

Regionalmente, na análise acumulada em 12 meses, a região que apresentou a maior elevação foi a Centro-Oeste, com 5,1%, seguida das regiões Norte (3,2%) e Sudeste (3,0%). As regiões Sul e Nordeste também registraram altas, de 2,9% e 2,7%, respectivamente.

PROTESTOS - A Boa Vista SCPC também divulgou o número total de títulos protestados no país. No acumulado do ano, aumentaram 21,4%, na comparação com igual período do ano anterior. Os protestos das empresas e dos consumidores cresceram, registrando 6,1% e 44,7%, respectivamente.

Na comparação interanual, os títulos protestados subiram 27,2%. Enquanto os protestos para os consumidores aumentaram 76,7%, os títulos protestados das empresas recuaram 5,6%.

Na comparação mensal, o número de títulos protestados subiu 4,9%. Para as famílias o aumento foi de 13,4% e para as empresas houve queda de 4,1%.

O valor médio dos títulos protestados para o mês de maio de 2016 foi de R$ 4.161, sendo R$1.861 para as pessoas físicas e R$ 7.009 para as pessoas jurídicas.

Em maio de 2016, os títulos protestados de empresas representaram um pouco menos da metade do total dos protestos no país (44,7%). A região Sudeste contribuiu com a maior parcela dos títulos protestados (50,5%), seguida das regiões Sul (24,7%), Nordeste (11,5%), Centro-Oeste (9,2%) e Norte (4,1%).

No acumulado do ano, o Centro-Oeste foi a região que obteve o maior crescimento, de 14,5%. O Norte, por sua vez, foi a única região que registrou queda (-1,7%).

Na comparação interanual, todas as regiões recuaram, com destaque para a queda de 22,4% no Norte. Na variação mensal, Nordeste e Norte diminuíram o número de protestos, 37,6% e 23,4%, respectivamente. O Centro-Oeste aumentou 15,9%, Sul 7,7% e Sudeste 1,9%.

FONTE: DIáRIO DO COMéRCIO