O litoral de Santa Catarina ocupa o papel de protagonista do mercado imobiliário brasileiro. A região tem atraído investidores, turistas e brasileiros endinheirados para a orla de cidades como Balneário Camboriú, Itapema e Itajaí, além da capital, Florianópolis.
É de olho neste avanço que a incorporadora Urbani Cidades anunciou o lançamento de um bairro residencial para cerca de 25 mil moradores na cidade de Tijucas (SC).
Este é o primeiro projeto encabeçado pela Urbani Cidades. A empresa é a unidade de negócios voltada para desenvolver empreendimentos horizontais do Grupo Petrasalis, que integra a construtora Petrasalis Empreendimentos.
Localizada a cerca de 35 km de Balneário Camboriú e a 50 km de Florianópolis, Tijucas tem uma população de 51,5 mil habitantes, de acordo com o Censo de 2022 do IBGE. Ou seja, o empreendimento pretende abrigar uma população que corresponde a quase metade da população atual.
Para isto, a incorporadora conta com um terreno de 4,6 milhões de metros quadrados às margens da rodovia SC-410, no caminho de Tijucas a São João Batista.
No total, o empreendimento batizado de Flores de Sal pretende comercializar 7 mil lotes. A primeira fase do projeto abrange 500 mil m², e envolve a entrega de 623 lotes com metragens entre 250 m² e 360 m². O objetivo da primeira fase é abrigar 2 mil pessoas até 2027.
“O litoral catarinense está em expansão, mas muita gente que chega aqui não tem condições de morar nas principais localidades. Esta é uma oportunidade para elas”, analisa Luciana Pereira, Diretora Executiva da Urbani Cidades. “O Flores de Sal também é uma opção para pessoas que estão em busca de moradias horizontais, o que já não é possível em Balneário Camboriú e Itapema por conta da verticalização e adensamento populacional”, complementa.
Bairro caminhável
O urbanismo do bairro inclui setores designados para residências e comércios, incluindo supermercados e restaurantes. “Queremos criar um organismo vivo. A cada 15 minutos de caminhada, o morador terá áreas comerciais”, garante. Ela admite, entretanto, que a mobilidade urbana do bairro será dependente de veículos automóveis, pois o projeto não prevê a instalação de pontos de ônibus, por exemplo.
“O bairro está bem localizado, perto de uma rodovia de bastante circulação e importância. As pessoas usam muito o carro na região”, contextualiza.
As fachadas ativas também fazem parte do planejamento do bairro. “Contamos com espaço para incorporação vertical, mas todos os prédios devem ter fachada ativa”.
Luciana conta que já está em contato com construtoras para desenvolver empreendimentos verticais no bairro. E para suprir esta toda a demanda que deve nascer em um local onde hoje ainda não existe condições para habitação, o empreendimento prevê a construção de uma estação de tratamento de esgoto própria, além de toda a infraestrutura de avenidas com pavimentação e cabeamento subterrâneo.
Ponto turístico
De acordo com o Índice do FipeZAP, quatro das cinco cidades mais caras do Brasil estão no litoral de Santa Catarina. E este é um dos chamarizes deste projeto. “Além da qualidade de vida, investir no mercado imobiliário de Tijucas é um negócio promissor para a rentabilidade futura”, antecipa Luciana.
No entanto, não são só os investidores que o empreendimento busca atrair. A estratégia de vendas passa por alcançar o público que hoje trabalha nas principais regiões, mas mora longe. Luciana garante, no entanto, que o Flores de Sal não será um bairro-dormitório.
A estratégia para evitar que isto aconteça envolve a transformação do bairro em um novo “ponto turístico” da região. Apenas na fase inicial, mais de 100 mil m² dos 500 mil m² que devem ser entregues, serão destinados a áreas de lazer.
Outra atração antecipada pela Urbani Cidades é o Parques das Flores. A ideia da empresa é que o espaço tenha 70 mil m² e englobe atrativos como playground, pista de caminhada e um lago de 25 mil m².
Estas e todas as outras estruturas desenvolvidas no terreno serão abertas ao público em geral, não apenas aos moradores do bairro.
“Nosso propósito é deixar um legado para Tijucas e agregar valor à região. Temos muito carinho pela região, já que o terreno está na nossa família desde 2002 e meu pai cresceu na cidade. Queremos criar um espaço onde as crianças possam brincar nos parques com segurança e os pais possam resgatar suas memórias de infância”, idealiza Luciana.
