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21/02/2020

Incorporadora One, de ex-PDG, e construtora de baixa renda Pacaembu preparam IPO

Ambas as empresas são de médio porte, com faturamentos de R$ 500 milhões, e farão ofertas primária e secundária

Duas empresas do setor imobiliário, a incorporadora One e a construtora Pacaembu, registraram hoje seus pedidos de oferta pública inicial de ações (IPO) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ambas são de médio porte, com faturamentos de R$ 500 milhões, e farão ofertas primária e secundária.

A One Innovation Empreendimentos e Participações é comandada por Paulo Cesar Petrin e Milton Goldfarb, empresários que foram diretores e acionistas da PDG Realty (atualmente em recuperação judicial).

A incorporadora concentra atuação na cidade de São Paulo, em projetos residenciais em regiões próximas a estações de metrô nas zonas Sul e Oeste. Na oferta primária, os recursos serão usados para pré-pagamento de empréstimos entre empresas do mesmo grupo e expansão orgânica.

 

A família Goldfarb já teve outros negócios no ramo – que deram origem à PDG Realty, empresa em recuperação judicial. A família fundou a incorporadora paulistana Goldfarb Itapuã em 1952 e, em 2006, formou uma joint venture com a PCP Pactual Capital Partners para atuação na capital, dando origem à PDG. Três anos depois, os Goldfarb já haviam vendido toda sua participação no negócio.

Milton Goldfarb, que era presidente da empresa da família, fundou a One em 2013, em sociedade com Paulo Petrin, executivo da área de incorporações da PDG e que também era acionista da empresa. No ano passado, a receita líquida foi de R$ 534 milhões, ante R$ 126 milhões no ano anterior. O lucro foi de R$ 59 milhões, ante prejuízo de R$ 10,4 milhões em 2018.

 

Já a Pacaembu Construtora tem atuação concentrada em lançamentos no escopo do programa “Minha Casa, Minha Vida” do governo federal — com foco nas faixas 1, 5 e 2 (renda mensal bruta até R$ 1,8 mil e R$ 4 mil, respectivamente). No ano passado, a companhia teve receita de R$ 566 milhões, queda de 27,9% em relação a 2018. O lucro líquido ficou praticamente estável, em R$ 111 milhões, e a margem Ebitda foi de 21,8%.

A captação primária será usada reforçar capital de giro e desenvolver empreendimentos no banco de terrenos que a empresa já possui. Na secundária, os vendedores são os empresários Wilson de Almeida Junior e Eduardo Robson Raineri de Almeida, atualmente os maiores acionistas (somam 76,5% do capital).

 

A oferta da Pacaembu é coordenada por Credit Suisse, XP Investimento e Caixa. Nesta, investidores de varejo poderão optar por reservas de ações com restrição de venda (lock-up) de 45 dias ou de 60 dias, tendo prioridade na alocação, ou fazer a reserva sem lock-up. Investidores do segmento private terão lock-up de 70 dias.

A operação da One é coordenada pelos bancos coordenadores são BTG Pactual, Bradesco BBI, Santander e Caixa.

FONTE: VALOR ECONôMICO