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18/08/2016

Incorporadoras demitem e ajustam estrutura administrativa e nas obras

O Valor apurou que, em abril, o custo de ocupação da sede da incorporadora, na localização anterior, era de R$ 738, 8 mil. Já a ocupação da sede, no novo local, custava R$ 194 mil em julho.

A desaceleração de lançamentos de empreendimentos imobiliários e vendas, nos últimos anos, tem forte reflexo na adequação de estrutura das incorporadoras de capital aberto, com corte expressivo do número de empregados nas áreas administrativas e nas obras, além de redução do espaço físico ocupado por algumas empresas.

A busca de redução das despesas gerais e administrativas tende a continuar, pois ainda há entregas previstas dos projetos imobiliários das safras antigas.

Na Rossi Residencial, o quadro de pessoal administrativo foi reduzido em 48% desde o segundo semestre de 2014. Segundo a companhia, "haverá oportunidades adicionais de ganhos de eficiência", em decorrência do menor volume de lançamentos e da conclusão dos empreendimentos antigos. A Rossi não lançou nada no primeiro semestre.

A PDG Realty reduziu as despesas gerais e administrativas em 16% no segundo trimestre, na comparação anual, para R$ 55,3 milhões. Em relação ao primeiro trimestre, o número de funcionários diminuiu 11%. O corte chega a 60% nos 12 meses encerrados em junho. O total de empregados caiu 89%, desde 2012, e o de funcionários administrativos foi reduzido em 66%.

A sede da PDG, que estava instalada em prédio triple A, na zona Sul de São Paulo, foi transferida para um prédio de padrão B, na mesma região. O Valor apurou que, em abril, o custo de ocupação da sede da incorporadora, na localização anterior, era de R$ 738, 8 mil. Já a ocupação da sede, no novo local, custava R$ 194 mil em julho.

A Tecnisa informou despesas gerais e administrativas de R$ 28 milhões, no trimestre, o que representa queda de 38% na comparação anual. Uma das iniciativas para redução do custo fixo será a devolução, no início do próximo ano, do terceiro dos quatro andares anteriormente ocupados por sua sede administrativa, na capital paulista.

O corte de despesas gerais e administrativas resulta do menor tamanho operacional da Tecnisa. "Continuamos a fazer corte do nosso pessoal administrativo. A necessidade de escritórios regionais está sendo revista, bem como os contratos de prestação de serviços", disse o presidente da incorporadora, Meyer Nigri.

A Helbor apresentou despesas gerais e administrativas de R$ 19,1 milhões, valor 9,1% abaixo do registrado no segundo trimestre do ano passado. A incorporadora reduziu, principalmente, despesas com pessoal, em 43,6%, para R$ 4,364 milhões, na comparação dos dois intervalos.

Na Viver Incorporadora, as despesas gerais e administrativas líquidas de depreciação e amortização, custos de rescisão trabalhista e reestruturação somaram R$ 4,1 milhões no trimestre, o que corresponde à queda de 50% na comparação anual.

A Trisul informou que reduziu as despesas administrativas em 17%, ante o segundo trimestre do ano passado, para R$ 9,8 milhões. A incorporadora fez ajuste no quadro de funcionários.

FONTE: VALOR ECONôMICO