Notícias

16/07/2019

Incorporadoras têm aumento nas vendas

A safra de prévias de resultados operacionais das incorporadoras, iniciada na semana passada, indica melhora do desempenho das companhia no segundo trimestre

A safra de prévias de resultados operacionais das incorporadoras, iniciada na semana passada, indica melhora do desempenho das companhia no segundo trimestre. Cyrela, Direcional Engenharia, Even Construtora e Incorporadora, EZTec, MRV Engenharia e Tenda lançaram empreendimentos com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 5,11 bilhões, alta de 44,5% na comparação anual, e expansão de 50% frente ao primeiro trimestre.

De abril a junho, as vendas das seis incorporadoras somaram R$ 4,38 bilhões, com crescimento de 38,2% em relação ao segundo trimestre do ano passado. No semestre, as vendas aumentaram 30%, para R$ 7,76 bilhões. Foi considerada apenas a fatia das companhias nos empreendimentos.

MRV, Cyrela e EZTec trouxeram seus números ontem, que mostraram melhora do desempenho na comparação anual. Em entrevista ao Valor, o copresidente da MRV, Rafael Menin, e o diretor financeiro e de relações com investidores da EZTec, Emilio Fugazza, disseram que estão otimistas em relação ao mercado imobiliário.

No trimestre, os lançamentos da MRV subiram 5,8%, em base anual, para R$ 1,8 bilhão, maior VGV registrado pela companhia para o período de abril a junho. De acordo com Menin, os lançamentos do segundo semestre serão superiores aos da primeira metade do ano. A companhia mantém a expectativa de lançamentos, vendas e receita líquida em 2019 acima dos indicadores do ano passado.

As vendas líquidas da MRV aumentaram 2,7%, para R$ 1,32 bilhão. Os distratos caíram pela metade, para R$ 121 milhões. Em volume, as rescisões de vendas tiveram queda de 51,3%, para 816 unidades, menor nível em seis anos. A empresa registrou recorde de produção de 10.624 unidades, expansão de 18,9% ante um ano atrás.

De abril a junho, a incorporadora mineira gerou caixa de R$ 62 milhões. O valor poderia ter sido maior se não fosse a compra, em leilão, de terreno em Salvador, por R$ 30 milhões, pagos à vista. A área vai possibilitar lançamento de R$ 797 milhões, o maior empreendimento da MRV na Bahia. A incorporadora projeta gerar caixa no segundo semestre.

A EZTec apresentou ao mercado R$ 313 milhões no trimestre passado - R$ 707 milhões no acumulado do semestre. De acordo com Fugazza, a incorporadora vai lançar R$ 800 milhões no terceiro trimestre. No período, o principal empreendimento a ser apresentado, com VGV de R$ 550 milhões, será o projeto residencial do Parque da Cidade, comprado da OR Empreendimentos e Participações, incorporadora do grupo Odebrecht.

Até o fim de setembro, a EZTec pretende alcançar o teto da sua meta de lançamentos para 2019. A faixa projetada pela companhia para o ano vai de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão. "Vamos cumprir o 'guidance' com muita facilidade", afirma Fugazza.

No segundo trimestre, a EZTec registrou vendas líquidas de R$ 372 milhões, patamar não obtido desde o primeiro trimestre de 2011. "O ganho real de preços voltou a acontecer", conta o diretor de relações com investidores. Segundo Fugazza, tem havido expansão de vendas de lançamentos e estoques da incorporadora.

Considerando-se a participação dos sócios nos empreendimentos, a Cyrela lançou R$ 2,086 bilhão, de abril a junho, com crescimento de 112,5% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas líquidas tiveram expansão de 79,4%, para R$ 1,9 bilhão. A companhia teve participação de 84% nos lançamentos e de 75% das vendas.

Segundo o Secovi-SP, as vendas de imóveis residenciais novos, na cidade de São Paulo, cresceram 43,7% em maio, na comparação anual, para 3.100 unidades. Dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) apontam aumento de 50,7% dos lançamentos imobiliários, para 2.594 unidades.

Nos 12 meses encerrados em maio, o volume comercializado teve incremento 19,5%, para 32.642 unidades, na capital paulista, conforme o Secovi-SP. Os lançamentos cresceram 32%, na mesma base de comparação, para 30.689 unidades. 

FONTE: VALOR ECONôMICO