A inflação medida pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) ficou em 0,35% em setembro, ante 0,63% em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, o indicador se situou em 3,46% no acumulado em 12 meses, ante 3,12% até agosto.
O custo nacional da construção por metro quadrado em setembro foi de R$ 1.773,20, sendo R$ 1.019,25 relativos aos materiais e R$ 753,95 à mão de obra. Em agosto, esse custo totalizava R$ 1.767,09, em agosto, sendo R$ 1.014,31 relativos aos materiais e R$ 752,78 à mão de obra.
Exigência de venda de imóveis de fundos de pensão deve cair até dezembro, diz Abrapp (Valor Econômico – 09/10/2024)
Setor quer também que seja novamente permitido alocar até 8% dos ativos em imóveis
A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) espera que até dezembro caia a determinação do Conselho Monetário Nacional (CMN) de que os fundos de pensão vendam todos os imóveis em carteira até maio de 2030 e que não aloquem mais no ativo real.
Segundo Jarbas Antonio de Biagi, presidente da entidade, esse prazo pode prejudicar o mercado. Além de pedir para retirar a exigência, o setor quer que seja novamente permitido alocar até 8% dos ativos em imóveis, como era até então.
Ele diz que algumas entidades fechadas de previdência complementar tinham vocação para essa alocação, com menor custo de gestão do que os fundos de investimento imobiliário (FIIs). Biagi argumenta que, quando era permitido ter até 8%, o setor tinha 3% em imóveis físicos.
“O limite de 8% não impediu que os fundos investissem em FIIs também, além dos ativos físicos”, afirmou ele. “Temos casos de boa rentabilidade com imóveis, até melhor do que com Certificados de Recebíveis Imobiliários [CRIs].”
O presidente da Abrapp diz que a expectativa era que as regras mudassem no ano passado, depois no último mês de junho, mas ainda não ocorreu. “Esperamos que isso aconteça a qualquer momento. Até dezembro é um prognóstico realista.”
A resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) foi publicada em 2019 e, desde então, os gestores de FII têm comemorado o aumento da presença dessas entidades no setor. O limite para o segmento imobiliário subiu de 8% para 20%, mas somente pode ser feito por meio de cotas de FIIs, fundos de investimento em cotas de FII (FICFII), CRIs ou cédulas de crédito imobiliário (CCIs).