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30/06/2020

Isolamento social muda exigências de quem compra ou aluga casa e apartamento

As imobiliárias estão percebendo novas demandas, e construtoras já começam a fazer projetos baseados na nova realidade criada pela pandemia do coronavírus

As imobiliárias estão percebendo novas demandas, e construtoras já começam a fazer projetos baseados na nova realidade criada pela pandemia do coronavírus

Com a temporada forçada em casa, o comportamento mudou tanto nas compras quanto nos aluguéis. As imobiliárias estão percebendo novas demandas, e construtoras já começam a fazer projetos baseados na nova realidade criada pela pandemia do coronavírus.

Uma pesquisa da Loft, start-up que compra, reforma e vende imóveis, mostrou que 45% dos clientes acreditam que o período de isolamento social desperta o interesse por apartamentos maiores. E 70% desejam uma área reservada para o trabalho remoto.

"Mudou a maneira que as pessoas estão se relacionando com suas casas. A pesquisa mostrou também que as pessoas estão usando mais a cozinha (46%), superando o uso de serviços de entrega (22%)", salienta João Vianna, co-fundador da Loft.

Na Apsa, tal movimento começou a ser sentido há poucas semanas. De acordo com Giovani Oliveira, gerente geral de imóveis da empresa, os clientes antes buscavam um imóvel pequeno para compra, mas não abriam mão de áreas comuns de lazer cheias de atrativos. Com a pandemia, esse perfil mudou: agora, o objeto de desejo é um apartamento com cômodos maiores, e os espaços de uso partilhado deixaram de ser uma prioridade.

"Depois de três meses de isolamento, está havendo a valorização de plantas maiores e que tenham espaço para home office. As pessoas se deram conta de que não podem mais contar com as áreas comuns como extensões dos seus apartamentos", analisa Oliveira.

Já Marcel Galper, gerente de Vendas da Precisão Vendas, vem observando um crescimento na procura por imóveis com boas áreas comuns (como salas de estar e TV), em função de as famílias ficarem reunidas por mais tempo dentro de casa.

"Tenho notado também uma procura maior por apartamentos de cobertura que tenham áreas livres".

No segmento de Minha Casa Minha vida, o coronavírus já está modificando projetos. No empreendimento Vitale Eco, da construtora Vitale, o número de unidades foi reduzido: de 444 para 406. E 90% dos equipamentos de lazer serão ao ar livre.

FONTE: O GLOBO