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03/11/2015

Itaú tem lucro recorrente 12% maior no trimestre, de R$ 6,1 bilhões

A projeção média das casas consultadas pelo Valor apontava lucro de R$ 5,698 bilhões.

Daniela Machado 

O lucro líquido contábil do Itaú Unibanco aumentou 10% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 5,945 bilhões. O resultado recorrente, que exclui eventos extraordinários, cresceu 12,1% e alcançou R$ 6,117 bilhões, acima da estimativa de analistas.

A projeção média das casas consultadas pelo Valor apontava lucro de R$ 5,698 bilhões.

Os principais eventos não recorrentes registrados no trimestre foram um efeito da alíquota maior da CSLL sobre os créditos tributários de R$ 3,988 bilhões e, por outro lado, a constituição de provisões complementares para crédito de liquidação duvidosa (PDD), de R$ 2,793 bilhões.

Os principais eventos não recorrentes registrados no trimestre foram um efeito da alíquota maior da CSLL sobre os créditos tributários de R$ 3,988 bilhões e, por outro lado, a constituição de provisões complementares para crédito de liquidação duvidosa (PDD), de R$ 2,793 bilhões.

De julho a setembro, a Ptax - taxa média do dólar calculada pelo Banco Central (BC) - subiu cerca de 28%.

Para as pessoas físicas, o saldo dos empréstimos diminuiu 0,6% no trimestre e aumentou 4,4% em 12 meses. O Itaú manteve a estratégia de se concentrar nas modalidades de crédito menos arriscadas, como consignado (alta de 25,4% em um ano) e imobiliário (aumento de 21,5% em 12 meses).

No caso de pessoas jurídicas, a carteira de crédito teve expansão de 3,7% no trimestre e de 7,2% em 12 meses. O portfólio de grandes empresas registrou expansão trimestral de 4,6% e anual de 9,1% — sem o efeito do câmbio, a carteira teria encolhido 3,7% e 7,4%, respectivamente.

A inadimplência acima de 90 dias manteve-se em 3,3%, mesma taxa vista no segundo trimestre. Em relação a igual período do ano passado, houve aumento de 0,1 ponto percentual.

Entre o segundo e o terceiro trimestres de 2015, o indicador de calotes de pessoas físicas aumentou 0,5 ponto percentual, para 5,1%. Por outro lado, o índice de calote de empresas recuou 0,2 ponto, ficando em 2%.

O banco manteve a projeção de crescimento entre 3% e 7% da carteira de crédito total neste ano.

Na semana passada, o Bradesco divulgou lucro líquido contábil de R$ 4,12 bilhões no terceiro trimestre, com crescimento de 6,3% sobre igual período do ano passado. A carteira de crédito aumentou 2,4% no trimestre e 6,8% em 12 meses, alcançando R$ 474,5 bilhões. O Santander Brasil lucrou R$ 1,266 bilhão, acima dos R$ 537 milhões vistos um ano antes, enquanto a carteira de crédito teve expansão de 3% no trimestre e de 11,7% em 12 meses, para R$ 262 bilhões. 

 

FONTE: VALOR ECONôMICO