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04/01/2024

Juro médio de operações de crédito ficou menor. Veja qual barateou mais (Valor Econômico)

Expectativa do setor é superar o volume do ano passado

 

A taxa de juros média anual cobrada pelo sistema financeiro nas operações de crédito caiu 0,5 ponto percentual mensalmente, para 29,5% em novembro. Em 12 meses, houve recuo de 1,5 ponto percentual. As informações foram divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira.

 

A taxa cobrada das pessoas jurídicas, por sua vez, caiu 0,6 ponto mensalmente, para 19,1%.

Para as pessoas físicas, a taxa ficou em 34,7%, vinda de 35,2%.

Nos recursos livres, a taxa média variou de 42,6% para 41,8%.

Já o spread, que mede a diferença entre as taxas que os bancos cobram nos empréstimos e o custo de captação desses recursos, saiu de 20,6 pontos percentuais para 20,4 pontos.

Nas operações de crédito com pessoas físicas, o spread ficou em 26 pontos percentuais, contra 26,2 pontos um mês antes. No crédito às empresas, ficou em 9,3 pontos, contra 9,6 pontos.

 

Estoque

 

O saldo das operações de crédito do sistema financeiro cresceu 0,9% em novembro, para R$ 5,655 trilhões. Em 12 meses, houve alta de 7,1%.

O saldo total do crédito livre subiu 1% mensalmente, chegando a R$ 3,315 trilhões, enquanto o crédito direcionado avançou 0,7%, para R$ 2,340 trilhões.

 

O saldo total de crédito para as famílias aumentou 0,9%, chegando a R$ 3,450 trilhões. Para as empresas, houve alta de 0,8%, para R$ 2,205 trilhões.

As projeções mais recentes do BC para o crescimento nominal do estoque de crédito em 2024 são: 8,8% para o total; 8,1% para o livre; 9,7% para o direcionado; 9,4% para pessoas físicas; 7,7% para pessoas jurídicas.

 

Veículos

 

O saldo de operações para a compra de veículos por pessoas físicas teve alta de 1,8% em novembro, para R$ 286,701 bilhões, na comparação com o mês anterior.

As concessões subiram 4%, para R$ 15,08 bilhões. A taxa de juros média ficou em 26% ao ano, após marcar 26,2% no mês anterior.

O saldo de operações para a compra de veículos por pessoas físicas teve alta de 1,8% em novembro, para R$ 286,701 bilhões, na comparação com o mês anterior.

As concessões subiram 4%, para R$ 15,08 bilhões. A taxa de juros média ficou em 26% ao ano, após marcar 26,2% no mês anterior.

 

Imobiliário

 

O estoque total de crédito imobiliário para as pessoas físicas com recursos direcionados subiu 0,3% em novembro na comparação com o mês anterior, somando R$ 989,706 bilhões. Em 12 meses, a alta foi de 7,6%.

Já as concessões, na mesma categoria, caíram 7,3%, para R$ 10,093 bilhões, acumulando queda de 21% em 12 meses.

A taxa anual de juros, por sua vez, subiu de 10,6% para 10,8%.

 

Concessões

 

A concessão de novos empréstimos e financiamentos cresceu 0,9 % em novembro, na série dessazonalizada, que retira peculiaridades de um determinado período, como número de dias úteis a mais ou a menos. A comparação é com o mês anterior.

 

Para as pessoas físicas, houve alta de 1,2% na mesma base de comparação, enquanto para as pessoas jurídicas foi registrada alta de 1,8%. No crédito livre total, as concessões com ajuste sazonal subiram 3,4%. No crédito direcionado, recuaram 5,9%.

As concessões totais, sem a dessazonalização, cresceram 2% no mês e somaram R$ 547,9 bilhões. Para clientes corporativos os novos empréstimos subiram 3% contra o mês anterior, totalizando R$ 236,2 bilhões.

 

Para as famílias, o sistema financeiro concedeu R$ 311,7 bilhões em novos empréstimos e financiamentos, alta de 1,2%.

As concessões com recursos livres, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e clientes, subiram 4,4%. Já as operações com recursos direcionados, que são regulamentadas pelo governo ou vinculadas a recursos orçamentários, diminuíram 15,5%.

FONTE: VALOR ECONôMICO