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16/10/2019

Juro menor favorece portabilidade de financiamento da casa própria. Saiba como é

Como o mercado projeta um novo corte no fim deste mês, a expectativa é que os juros da casa própria passem por uma nova rodada de reduções.

Nas últimas duas semanas, os bancos reduziram as taxas do financiamento imobiliário, na esteira da queda dos juros básicos (Selic) do Banco Central, para 5,5% ao ano. Como o mercado projeta um novo corte no fim deste mês, a expectativa é que os juros da casa própria passem por uma nova rodada de reduções. Este cenário é vantajoso tanto para quem vai comprar um imóvel quanto por quem já contratou um empréstimo, porque é possível fazer a portabilidade do financiamento.

No primeiro semestre deste ano, segundo o Banco Central, foram feitos 3.466 pedidos de portabilidade. Ao optar por esta medida, destacam os especialistas, o consumidor deve considerar todos os custos envolvidos e a própria capacidade de pagamento.

— A Selic baixa e a maior competição entre os bancos favorecem um movimento de portabilidade do empréstimo da casa própria. Além dos juros, é preciso levar em conta os custos da transação e a capacidade de pagamento antes de procurar outro banco — explica Patricia Curvelo, sócia da consultoria imobiliária Investmais.

Ela lembra que, caso a pessoa tenha tido algum corte na renda ou seu credit score (que avalia o risco de inadimplência) estiver baixo, isso pode dificultar o poder de barganha com o novo banco.

A recomendação dos economistas é que os clientes pesquisem o Custo Efetivo Total (CET) da transação. Também pesa no financiamento o preço do seguro e de outras cobranças administrativas. Dependendo do custo, a migração pode não ser vantajosa.

— O cliente não deve olhar apenas a taxa nominal do financiamento, é preciso avaliar o CET. Por conta dos outros encargos embutidos no empréstimo, o CET pode fazer com que os juros anuais subam até 1% — diz Alberto Ajzental, professor da FGV/Eesp.

FONTE: O GLOBO