Para quem está procurando comprar ou investir em uma casa ou apartamento, esse é o momento ideal. Isso porque o setor de construção civil vem se mantendo em alta nos últimos meses e foi um dos menos afetados pela pandemia do coronavírus.
Com os juros mais baixos, as oportunidades aumentaram e, com a oferta maior, está mais fácil negociar. Estes são fatores que o Sindicato da Habitação (Secovi) em Sorocaba (SP) considera importantes para o aumento na procura por imóveis.
Segundo o diretor do sindicato, Guido Neto, as condições facilitadas oferecidas por bancos e os investimentos com recursos próprios estão fazendo a diferença.
"É um movimento que ocorre já que o mercado financeiro não rentabiliza há tempos. Então, muitos estão tirando o dinheiro de uma aplicação e correndo atrás do imóvel próprio ou, até mesmo, investindo em imóveis locados."
Uma pesquisa do setor imobiliário mostrou que, entre as pessoas que estavam em busca de um imóvel, 22% fizeram as compras no mês de julho. O índice é 6% maior que a média registrada em março, no início da pandemia.
O engenheiro civil Fernando Pavoni é um exemplo disso. Ele sempre quis investir em imóveis e esse foi o momento de colocar o sonho em prática.
"Posso conseguir uma condição super diferenciada ou uma negociação legal. Aproveitando o momento com a taxa de juros atrativos, eu decidi tirar esse projeto do papel e fazer esse investimento", diz.
Das cerca de 300 casas construídas em um condomínio em Sorocaba, quase todas já foram vendidas, segundo o representante do empreendimento, Carlos Eduardo Pirani. Ele explica que a procura por este tipo de imóvel cresceu 30% nos últimos meses.
"Com certeza, o motivo disso é a taxa de juros, que baixou. A Caixa Econômica hoje, o agente financeiro consegue proporcionar um financiamento imbatível. A hora de procurar um imóvel é agora."
Uma outra construtora da cidade deve lançar em breve um condomínio de apartamentos. Para a gerente do empreendimento, Galia Andreazza, esse aquecimento nas vendas deve se manter nos próximos meses.
"Nós estávamos em uma realidade de crise, na qual o mercado imobiliário estava represado durante muito tempo. O que contribuiu foi esse cenário muito positivo e favorável em relação à taxa de juros", completa.