Daniela Meibak
Investidores dos certificados de recebíveis imobiliários (CRI) emitidos pela Polo Capital Securitizadora, com lastro em financiamento da incorporadora KPFR Participações, aceitaram alongar o prazo de carência para amortização do principal e pagamento de juros em 18 meses, com início em outubro de 2017, e a exclusão do prêmio de liquidação antecipada. A KPFR, contudo, vai pagar 1% sobre o preço de subscrição dos CRIs de tarifa de repactuação.
A emissão foi feita em 2013 no valor de R$ 60 milhões, com remuneração de IPCA mais 13% ao ano. Após a repactuação, o vencimento dos papéis passa para 2018.
A KPFR alegou que não poderia pagar a parcela do crédito imobiliário de abril já que as vendas do empreendimento Condomínio Frad.e, em Angra dos Reis, registraram velocidade aquém da prevista, o que impactou negativamente seu fluxo de caixa. Segundo a empresa, as vendas até fevereiro de 2016 foram de R$ 244,2 milhões, ou 65% do total. O estoque remanescente é de R$ 186 milhões, segundo a tabela de vendas vigente, e a carteira de recebíveis tem valor presente superior a R$ 80 milhões.
A Polo Capital Securitizadora esclarece que a primeira fase do empreendimento deve ser finalizada no quarto trimestre, a segunda em fevereiro e a terceira em meados de 2017. A KPFR é uma joint venture entre a Kara José e a SPE Yogo, constituída em junho de 2011 no formato de sociedade de propósito específico (SPE) para a construção do Condomínio Frad.e. A SPE Yogo pertence à Polo Capital.