O mercado imobiliário da cidade de São Paulo teve alta nos lançamentos em outubro, enquanto as vendas permaneceram estáveis, na comparação anual, de acordo com pesquisa divulgada hoje pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
As incorporadoras estão mantendo um volume alto de lançamentos porque estão desovando projetos que já estavam em seus planos, com licenças aprovadas e estandes prontos. No entanto, o setor já vem registrando redução na velocidade das vendas e deve cessar o crescimento em 2022, após recordes em 2021 e 2020.
Os lançamentos somaram 6.876 unidades em outubro. O montante foi 11,5% inferior a setembro e 10,5% superior ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de 12 meses, os lançamentos totalizaram 83.721 unidades, ficando 49,7% acima do mesmo período do ano anterior.
As vendas foram de 5.555 unidades. O resultado foi 9,2% superior a setembro e estável em relação a outubro do ano passado. No acumulado de 12 meses, as vendas totalizaram 65.693 unidades, aumento de 28,2%.
A velocidade de vendas (indicador que mede a quantidade de unidades vendidas em relação ao total ofertado no período) ficou em 9,3% em outubro. O patamar superou setembro (9,1%), mas veio abaixo de outubro do ano passado (14,6%). Em 12 meses, a velocidade de vendas baixou para 56,4%, de 57,2% no período anterior.
A capital paulista encerrou o mês de outubro com 54.010 casas e apartamentos novos no estoque disponível para venda, considerando unidades na planta, em obras e recém-construídas. O estoque aumentou 5,7% em relação a setembro e ficou 66,0% acima do volume de outubro do ano passado.
O presidente do Secovi-SP, Basílio Jafet, afirmou em nota que estão mantidas as projeções de encerrar 2021 com crescimento em torno de 17% a 25% tanto em lançamentos quanto em vendas.
Já para o ano que vem, a perspectiva é de estabilidade. "Diante de um cenário de inflação na casa de dois dígitos, com trajetória ainda indefinida, e de alta da taxa básica de juros, acreditamos em uma possível acomodação do mercado, que poderá também ser impactado pelas incertezas comuns em ano de eleições majoritárias", afirmou.