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03/03/2020

Lançamentos devem crescer de 10% a 20%, estima

Oferta e venda de imóveis residenciais em 2019 cresceram 15,4%, com cerca de 130 mil unidades

As novas condições de crédito imobiliário e a perspectiva de recuperação da economia levam a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) a esperar crescimento de 10% a 20% nos lançamentos e nas vendas de imóveis residenciais em 2020. No ano passado, os lançamentos de unidades residenciais cresceram 15,4%, na comparação com 2018, para cerca de 130 mil unidades, segundo o levantamento Indicadores Imobiliários Nacionais, da CBIC. As vendas também ficaram na casa das 130 mil unidades, com alta de 9,7%.

O presidente da CBIC, José Carlos Martins, estima que as vendas do segmento de habitação de mercado (unidades dos padrões médio e alto) tenham crescido quase 30%, enquanto as do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida tiveram queda de 10% a 15% em decorrência de restrições na liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “Houve problemas, de novo, neste trimestre”, diz o presidente da CBIC.

Segundo Martins, o grande desafio para o setor, neste ano, é que haja uma solução definitiva para a liberação de recursos para os repasses das faixas 1,5 e 2 do Minha Casa, Minha Vida. Em meados de fevereiro, o governo liberou R$ 47 milhões à Caixa Econômica Federal referentes à parcela da União nos subsídios desses segmentos.


O levantamento realizado pela CBIC apontou também que, no fim de dezembro, a oferta de unidades residenciais novas chegava a 134.751 unidades, volume 4,8% superior ao de um ano antes. Considerando-se a média mensal de vendas de 2019, o volume ofertado, no encerramento do ano, correspondia a 12,4 meses de comercialização.

No quarto trimestre, os lançamentos aumentaram 8,4%, para 44.332 unidades - projetos enquadrados no programa habitacional responderam por 50,6% do total. O Valor Geral de Vendas (VGV) lançado chegou a R$ 17,764 bilhões. De outubro a dezembro, as vendas tiveram expansão de 9,7%, para 37.513 unidades. O VGV comercializado somou R$ 15,254 bilhões.

O levantamento da CBIC abrangeu dez regiões metropolitanas em todo o país.

FONTE: VALOR ECONôMICO