Os lançamentos e as vendas de imóveis crescerão de 5% a 10%, na cidade de São Paulo, neste ano, segundo o Secovi-SP.
Em meados de janeiro, a expectativa do presidente da entidade, Basílio Jafet, era que os lançamentos teriam expansão, em 2021, mas as vendas ficariam estáveis.
A perspectiva de crescimento divulgada hoje pelo Secovi-SP considera que haverá equilíbrio no fornecimento e nos preços dos insumos da construção e a manutenção das taxas de juros do financiamento imobiliário.
A entidade leva em conta também um cenário de “aceleração da vacinação e retorno gradual da economia, com crescimento previsto de 3,5% no ano”.
Outro ponto considerado pelo Secovi-SP para traçar sua expectativa para o ano é o “bom andamento das reformas administrativa e tributária”.
Segundo o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, “a grande preocupação do setor é com a taxa de desocupação, que ainda é muito alta”.
Preços dos aços
O presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet, afirmou hoje que a expectativa de nova alta de preços de aços longos, se confirmada, pode resultar em aumento de valores de imóveis.
“Não há um número oficial, mas corre, no mercado, que pode haver alta de 37% nos preços de aços longos em março. Se a elevação ocorrer, efetivamente, vai aumentar os custos de obras e se refletir no preço de venda de imóveis”, disse Jafet.
No caso das unidades enquadradas no programa habitacional Casa Verde e Amarela, o reajuste de preços é mais difícil, porque há um teto de valores. Na cidade de São Paulo, por exemplo, o preço máximo para que uma unidade se encaixe no programa é de R$ 240 mil.
Jafet citou que os preços dos imóveis são diretamente afetados pelos valores dos materiais de construção, do terreno, da outorga onerosa (contrapartidas financeiras para que incorporadoras possam erguer empreendimentos além do potencial construtivo básico, até o limite do coeficiente de aproveitamento máximo) e mão de obra.