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19/11/2024

Lançamentos imobiliários sobem e vendas anotam recorde no 3º trimestre, aponta Cbic (Valor Econômico)

Segundo dados de 221 cidades brasileiras reunidos pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), os lançamentos de imóveis subiram 20,1% no período  

Por Ana Luiza Tieghi

Os lançamentos de imóveis subiram 20,1% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados de 221 cidades brasileiras reunidos pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), divulgados nesta segunda-feira (18). Foram lançadas 95.063 unidades entre julho e setembro. No acumulado do ano, os lançamentos cresceram 17,3%, para 259.836 unidades.

O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foi responsável por 50% das unidades lançadas no terceiro trimestre no país, um aumento de participação ante os 46% do mesmo período de 2023.

Os lançamentos dentro do programa cresceram 31,8% no trimestre e 58,7% no acumulado do ano.

Vendas batem recorde

As vendas de imóveis novos cresceram 20,8% de julho a setembro, somando 105.921 unidades, número recorde para um período desde 2016, quando o levantamento da Cbic começou a ser realizado. 

No acumulado do ano, as vendas cresceram 19,7%, para 292.557 unidades. 

Os imóveis do MCMV foram 44% das unidades vendidas no trimestre, em comparação com 36% no mesmo período do ano passado. 

As vendas no programa subiram 46,9% no trimestre e 43,6% no acumulado do ano. 

Para o economista e conselheiro da Cbic, Celso Petrucci, o crescimento nos indicadores foi “impulsionado por ações das empresas do setor e uma conjuntura favorável, como as políticas adotadas em relação ao FGTS no âmbito do MCMV”. 

Oferta recua 

A oferta final de unidades, que é o estoque de imóveis novos disponíveis para compra, recuou 9,2% no trimestre, na comparação anual, para 276.434 unidades. No ano, a redução também é de 9,2%. 

O tempo de escoamento para os imóveis que estão disponíveis é de 8,7 meses, em comparação com 11,2 meses no mesmo período de 2023. 

A oferta aumentou se forem considerados apenas os imóveis do MCMV, em 9,1% no trimestre e também no acumulado do ano. Para o programa, o escoamento é de 7,1 meses, ante 8,8 meses no terceiro trimestre do ano passado. 

Mesmo com o cenário atual positivo, Ely Wertheim, vice-presidente de indústria imobiliária da Cbic, elenca entre as principais preocupações do segmento a manutenção do orçamento do FGTS, “e o impacto do desequilíbrio fiscal nas taxas de juros, que encarecem o crédito habitacional e os recursos livres para financiamentos”. 

(Matéria publicada em 18/11/2024)

FONTE: VALOR ECONôMICO