O Banco Intermedium registrou lucro líquido de R$ 6,2 milhões no primeiro trimestre, uma queda de 35,3% em relação ao mesmo período do ano passado. A instituição mineira, que possui um aplicativo que permite a abertura e manutenção de contas digitais, encerrou março com 122,4 mil correntistas, quase 10 vezes mais que no mesmo período de 2015. O crescimento da base permitiu ao Intermedium registrar um forte aumento nas captações com clientes, que atingiram R$ 2,9 bilhões, uma alta de 30,8% na comparação com o primeiro trimestre de 2016.
Chama a atenção o avanço das captações com letras de crédito imobiliário (LCI), que atingiram R$ 1,3 bilhão e já representam 45,3% do funding do banco. O saldo captado com LCI supera inclusive a carteira de crédito imobiliário do Intermedium, que cresceu 22,6% em relação a março do ano passado, para R$ 1,268 bilhão.
A situação deixou o banco praticamente sem lastro para captar novos recursos usando LCI, segundo João Vitor Menin, presidente do Intermedium. "Tivemos de suspender a emissão em março e voltamos recentemente, mas privilegiando operações de mais longo prazo e com taxas menores", afirma.
No total, a carteira de crédito do banco aumentou 6,9% em 12 meses e encerrou o primeiro trimestre em R$ 2,339 bilhões. Além do imobiliário, a instituição detém ainda uma carteira de R$ 817,3 milhões em consignado e de R$ 253,3 milhões em financiamentos a empresas.
A margem financeira do banco apresentou recuo de 9,3% no primeiro trimestre, para R$ 61,4 milhões. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido recuou de 12,1%, nos três primeiros meses do ano passado, para 7,2% entre janeiro e março deste ano.
