O banco Santander levará a leilão 130 imóveis, entre salas e prédios comerciais, terrenos, fazendas, casas e apartamentos nos dias 13 e 23 de abril. As disputas on-line acontecem a partir das 14h (de Brasília).
No dia 13 de abril serão leiloados lotes de oito estados, além do Distrito Federal.
São eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Amazonas. O desconto do lance do imóvel em relação a avaliação de mercado chega a até 45%.
O leilão de 23 de abril terá casas e apartamentos de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal, Goiás, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Bahia e Pará. Os imóveis têm lances até 52% mais baratos em relação a avaliação do mercado.
"Por mais que possa existir uma crise imobiliária futura, considerando o desconto que se encontra nos leilões, o comprador certamente não terá prejuízo", explica Eduardo Consentino, leiloeiro responsável pela Biasi Leilões, empresa que irá mediar os certames. Leia mais sobre os riscos de leilões abaixo.
O financiamento do imóvel pode ser parcelado em até 420 meses e os débitos de IPTU e condomínio serão quitados pelo vendedor.
Para participar do leilão é preciso se cadastrar no site Biasi Leilões até uma hora antes do início da disputa para conseguir fazer a oferta e participar do processo.
Para os interessados, já que o período é de quarentena e é orientado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) o distanciamento social, Eduardo Consentino, aconselha uma boa pesquisa na internet para conhecer ao máximo o imóvel antes do dia da disputa.
“Isso é importante para avaliar se aquele espaço é realmente o que a pessoa estava procurando”. Ele também lembra da necessidade de ler o edital do leilão com atenção. “O processo é transparente. Todas as informações sobre escritura, tributos e comissão para o leiloeiro estão lá”, explica.
Riscos de leilões de imóveis
A advogada especialista em direito imobiliário Paula Farias afirma que o leilão pode ser uma ótima oportunidade para o investidor. Mas não é tão indicado para famílias que querem realizar o sonho da casa própria.
De forma geral, essa não é uma boa forma de compra para quem tem pressa.
Segundo ela, há vários casos em que os leilões abrem brechas jurídicas que podem levar à anulação. Até que haja uma definição na Justiça, o dinheiro pago pela propriedade fica em poder do banco.
A correção, diz Paula, é irrisória, menor que o rendimento de poupança.
Já para um investidor, um desconto relevante no valor de mercado pode aumentar a rentabilidade de um possível aluguel deste imóvel.
Também pode ser interessante para quem deseja revender. O investidor compra pela metade do preço, resolve as pendências e coloca de volta à venda pelo valor cheio.
Também com os imóveis de leilão, tudo tem que ir para a ponta do lápis. Pode acontecer de o desconto não compensar.
Quando somadas as dívidas - que podem ficar por conta do vencedor do leilão -, o percentual de comissão do leiloeiro e os custos jurídicos de ações de despejo, o valor total desembolsado pode chegar ou até ultrapassar o valor de mercado.