Para quem já montou uma reserva de emergência e quer diversificar a carteira de investimentos em renda fixa, as aplicações em letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) podem ser boas alternativas.
Essas letrinhas dão nomes aos títulos de crédito emitidos por instituições financeiras para financiar atividades do setor imobiliário e do agronegócio. Ou seja, você empresta - por meio dos bancos - seu dinheiro para que empresas desses segmentos desenvolvam seus negócios.
A grande vantagem desses títulos é que o investidor não paga imposto de renda sobre os ganhos, nem IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A maior parte das corretoras também não cobra taxa de custódia.
Como os títulos são emitidos por bancos, as LCIs e LCAs contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), uma espécie de seguro, se o banco emissor desses títulos quebrar. O limite de cobertura é de até R$ 250 mil por CPF e em cada instituição financeira.
Mas não é porque tem seguro que o investidor deve investir seu dinheiro em qualquer banco. É comum que agências de classificação de risco, como Moody's, Fitch e Standard & Poor's, atribuam uma nota para as LCIs e LCAs. Essa nota busca apontar as chances de a instituição que emite o título dar o calote no investidor. De olho nisso, o Yubb, ferramenta de busca de investimentos, fez um levantamento para o Valor Investe e separou 15 LCIs e LCAs com aplicação a partir de R$ 100 e as avaliações recebidas pela S&P e a Fitch Ratings.
A LCA com menor valor de aplicação mínima é do Banco Inter, de R$ 100, e resgate no prazo de 12 meses. Com avaliação 'AA-' pela S&P, a rentabilidade oferecida pelo banco é de 95% do CDI.
Já a maior rentabilidade, entre os títulos pesquisados, é da LCA oferecida pelo BTG Pactual Digital, que paga 7,75% ao ano, o equivalente a um percentual de 121% do CDI, levando em consideração a Selic em 6,50% ao ano. O prazo de resgate é de 36 meses, com aplicação mínima de R$ 1.000 e rating 'BB-' pela S&P.