Por Ana Luiza Tieghi
A incorporadora Melnick, que atua no Rio Grande do Sul, registrou no terceiro trimestre lucro líquido de R$ 14,6 milhões, queda de 36% sobre o mesmo período do ano passado.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em R$ 5 milhões, queda de 77,6%. A margem Ebtida caiu de 7,4% há um ano para 1,97%.
O Ebitda ajustado foi de R$ 12,3 milhões, queda de 50,6%.
A receita líquida da empresa atingiu R$ 259 milhões, queda de 16% na mesma base. Já a margem bruta foi de 14,8%, queda de 8,5 pontos percentuais.
Juliano Melnick, diretor-financeiro da companhia, afirma que houve efeitos contábeis de permuta em projetos da urbanizadora da Melnick, o que provocou redução da margem. Segundo a empresa, sem esse efeito, a margem bruta (sem financiamentos) ficaria em 22,5%, próxima dos 23,8% do segundo trimestre deste ano.
A empresa fez lançamentos que somaram R$ 242 milhões em valor geral de venda (VGV) no período, volume 56,1% maior do que no terceiro trimestre de 2022. As vendas líquidas atingiram R$ 178 milhões, crescimento de 17,9%.
A Melnick terminou setembro com geração de caixa de R$ 17,7 milhões, ante queima de R$ 91,3 milhões há um ano.
Segundo o diretor-financeiro, a companhia tem apostado em mais projetos da sua loteadora, que têm ficado quase 100% vendidos. A Melnick também está testando a entrada no Minha Casa Minha Vida, com a Open. A estratégia com esses negócios é conseguir expandir para o interior gaúcho a atuação da empresa, que lança na média e alta renda quase que exclusivamente na região metropolitana de Porto Alegre.
(Matéria publicada em 13/11/2023)