No segundo ano de Pandemia do Coronavírus no Brasil, onde praticamente todos os setores da economia sofreram prejuízos financeiros, atividades econômicas foram fechadas, há alguns setores que experimentaram êxito neste cenário, como farmácias e supermercados. Além destes segmentos, um outro setor não sofreu efeitos negativos, foi o mercado imobiliário.
Segundo o corretor José Neto, em 9 anos de carreira no mercado imobiliário, os anos de 2020 e 2021 são os melhores. "O momento está excelente, o mercado imobiliário está em alta, com alta demanda", diz, enfatizando que a alta procura interfere na elevação de preços.
Teresina é uma cidade em expansão e ele observa que há uma preferência aos imóveis de alto padrão. É um segmento superaquecido, em que as pessoas buscam por condomínios de casa pela segurança, pelo conforto, pelo espaço maior. "Há uma preferência por casas em condomínios e apartamentos grandes, ou seja, por imóveis de alto padrão", diz Zé Neto, esclarecendo que com a pandemia, as pessoas buscam mais espaço e privacidade para morar e trabalhar.
O corretor explica que o boom do mercado imobiliário é incentivado pela baixa taxa de juros. "Hoje a Caixa Econômica Federal faz todo um processo de financiamento com 6,5% ao ano. Quando o mercado esteve em crise, nos anos de 2014 e 2015, chegamos a fazer o mesmo processo com taxa de 19% ao ano", diz Zé Neto, enfatizando que a atual taxa de juro movimenta o mercado imobiliário.
"O financiamento ajuda o mercado como um todo", declara o corretor, declarando que neste ano, o mercado imobiliário registra alta de 15% a 20% em relação ao mesmo período de 2020.
"O período é bom para comprar", diz o corretor, enfatizando que mesmo a demanda sendo alta, há oferta e crédito facilitado pelos bancos. "Os clientes devem aproveitar o momento, o crédito fácil, a taxa de juro baixa e investir em imóvel", explica, enfatizando que há algum tempo, um imóvel novo na zona leste, a mais procurada em Teresina, custa em média de R$ 8 a 9 mil o metro quadrado. Um dado importante também é que antes, nesta mesma região, um imóvel demorava entre 4 a 5 meses para vender, hoje, com o mercado aquecido, um imóvel é vendido entre 15 a 20 dias.
Um dos desafios enfrentados pelo mercado é a burocracia dos cartórios. "Este serviço precisa melhorar em Teresina. Atualmente, é um problema para quem atua no mercado imobiliário", diz, enfatizando que os cartórios de Teresina jogam contra, é opositor ao mercado.
Necessidade por lotes em condomínios fechados
Para o corretor Pedro Vinicius Macedo Carneiro, o mercado imobiliário do Piauí não sabe o que é crise econômica e está aquecido. Com a pandemia, Vinicíus diz que o mercado de imóveis foi afetado diretamente pela necessidade do cliente de ter uma casa. "Vimos aqui a valorização de lotes em condomínios fechados. A demanda cresceu", afirma.
Segundo Pedro Vinícius, as pessoas estão migrando de apartamentos para casas em condomínios fechados. "Houve crescimento nas vendas. Em 2021, houve aumento de vendas de 49%, comparado ao primeiro semestre do ano passado. Este mercado já veio aquecido de 2020", declara.
Com o mercado em alta, as vendas de imóveis aumentaram e foram impulsionadas pelo financiamento bancário, com boas taxas de juros, propiciando mais facilidade na hora de aprovação do crédito. Assim, tudo está fluindo bem neste setor, desde o crédito com boa taxa de juros, demanda grande e boas ofertas no mercado. "A Caixa Econômica Federal voltou a financiar 90% do imóvel", diz o corretor.
Com sua experiência no mercado, Pedro Vinícius diz que cada zona de Teresina tem seu público alvo. "No meu caso, vendo mais na zona leste", diz, arrematando que o mercado vive momento bom e forte e os clientes estão comprando bem, principalmente imóveis em condomínios fechados.