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15/04/2016

Mercado imobiliário busca saídas

Alternativas para o setor reagir dominaram os debates da segunda edição do Summit Imobiliário promovido pelo Estado, em parceria com o Secovi-SP.

As alternativas para o mercado imobiliário reagir, diante da mais grave crise política e econômica das últimas décadas, dominaram os debates da segunda edição do Summit Imobiliário promovido pelo Estado, em parceria com o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). No encontro, que reuniu empresários, investidores, estudiosos e representantes do setor público, o consenso foi de que não é hora de ficar parado e sim de buscar soluções e oportunidades.

Maior fundo imobiliário do mundo, o Blackstone, que vem aplicando recursos no Brasil desde 2012, anunciou que vai abrir este ano um escritório no País. “Há muitos desafios econômicos e políticos no Brasil no momento, mas esse tipo de ambiente normalmente cria oportunidades”, disse Kenneth Caplan, diretor global de investimentos do fundo.

O presidente da subsidiária local da Tishman Speyer, Daniel Cherman, lembrou que a empresa - há mais de 20 anos no Brasil, onde tem US$ 2 bilhões aplicados na área imobiliária - já passou por outras crises no País. Para ele, “o Brasil não vai sair do mapa do investidor global”.

Diretor-presidente da Lopes Consultoria de Imóveis, o executivo Marcos Lopes disse que “como corretor”, ele tem de ser “otimista”. E garantiu: “Quando houver um respiro de confiança, o mercado vai voltar com tudo”.

Palestrante no evento, Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central e sócio-fundador do Gávea Investimentos, disse acreditar numa melhora no médio prazo do desempenho do mercado imobiliário, às voltas com dificuldades que são “reflexo da situação econômica enfraquecida”. Mas, para ele, no curto prazo uma recuperação é difícil.

Nesse quadro de incertezas, o presidente do Secovi-SP, Flavio Amary, defendeu o afastamento do atual governo como etapa essencial para a retomada da confiança. “Se a razão desse quadro caótico é política, a solução tem de começar na política.”

 

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO - ESPECIAL SUMMIT