O mercado imobiliário comemora o fechamento de 2018 com crescimento de 16% de vendas. Os dados foram apresentados na manhã desta terça-feira (29), no Hotel Adrianópolis, pela Ademi-AM (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas) e Sinduscon-Am (Sindicato da Industria da Construção Civil do Amazonas).
O setor vem se recuperando aos poucos desde que foi afetado pela retração econômica, mas acredita que o mercado retome o aquecimento no Estado. Segundos dados da pesquisa, em 2018 a indústria imobiliária local faturou cerca de R$ 603 milhões em vendas de imóveis, em comparação ao faturamento de 2017 que faturou R$ 517 milhões, um crescimento de 16%.
O presidente da Ademi-AM, Albano Maximo, ressalta que o mercado ficou aquecido basicamente por vendas de produtos populares, aqueles subsidiados pelo programa social Minha Casa Minha Vida.
“Os imóveis populares sustentaram o mercado nos últimos quatro anos com lançamentos e unidades novas. Não é o que acontece com imóveis de médio e alto padrão. Nós temos um faixa que anda bem, que são produtos do Minha Casa Minha Vida, e outra faixa que viveu nos últimos anos vendendo estoque, sem lançamentos”, lembrou.
Maximo ainda destacou projeção otimista de crescimento para 2019 de 32%, ou seja, espere-se fechar o ano com R$800 milhões, isto baseado no resultado do 4º trimestre do ano passado que houve acrescimento de 48% sobre a média dos três trimestres anteriores. “Nós estamos tendo uma retomada do mercado e isso deixa a gente muito otimista”, destacou.
Gráfico VGV Vendido Liquido - Ainda segundo a pesquisa, no ano de 2018 foram lançados 6 empreendimentos, que representaram 2.140 unidades todas do padrão econômico. Enquanto que no trimestre de 2017 foi apenas 1 lançamento vertical residencial do mesmo padrão.
Desde o ano passado, o trimestre com mais vendas era o primeiro de 2016 com 644 unidades, mas foi ultrapassado pelo quarto trimestre de 2018 em que foram vendidas 839 unidades. Em segundo lugar está o terceiro trimestre de 2018 com 834 unidades vendidas.
No 4º trimestre o bairro com a maior VSO (venda sobre oferta) de unidades residenciais foi o Lírio do Vale com 86,7%. Devido ao saldo final com vendas negativas, o bairro com menor VSO líquido foi o Tarumã-Açu com – 2,9%.
Outra situação que preocupava o setor era o número de estoque de imóveis no Amazonas que prejudicou novos lançamentos e com isso preços abaixo do mercado. Porém, dados mostram um cenário diferente. Em 2017 o Amazonas fechou o ano com um estoque de 4.401.
Em 2018 foram 2.140 de novas unidades, que somadas são 6.540 unidades que estariam em estoque. No entanto, no final do mesmo ano o mercado apresenta um estoque de 4.096, ou seja, uma redução de 10% dos imóveis em estoque.
Segundo o diretor da CII (Comissão da Indústria da Construção) do Sinduscon-AM, Marco Bolognese, o estoque no Amazonas está baixo, se comparado a outros Estados. E afirma que há indicativos de imóveis que podem faltar em determinadas regiões da cidade. “O último trimestre de 2018 foi muito bom. Os imóveis de médio e alto padrão voltaram a vender e nós acreditamos que vão faltar imóveis”, destacou.
Bolognese afirma que a melhora no cenário econômico e reformas estruturantes que estão por vir, motivam quem está precisando do imóvel e estimula quem quer lançar.
“Acreditamos que em 2019 os lançamentos voltam com mais força, além de ter lançamentos no padrão econômico devemos ter no padrão médio, e acredito que para 2020 volta a se lançado o alto padrão”, finalizou.