O mercado imobiliário do Distrito Federal fechou março com um Índice de Velocidade de Vendas (IVV) de 10,9%, coroando o melhor primeiro trimestre para o setor desde a criação da pesquisa, há seis anos. Foram registrados 472 imóveis vendidos e quatro novos lançamentos, totalizando 1.021 unidades. Mesmo com a crise da pandemia da covid-19, a área mantém a trajetória de expansão, iniciada no final de 2019, quando começou a recuperar a oferta de unidades e o ritmo de vendas.
“Nosso setor vive um ciclo de crescimento importante e, esperamos, sustentado. Os números da pesquisa comprovam que moradia é um elemento importante na vida das pessoas e para o resultado da economia”, avalia Eduardo Aroeira Almeida, presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi DF). “Esse é um bom momento para comprar imóvel. A maior oferta de crédito imobiliário, com juros favoráveis e melhores condições de contratação, ainda forma um cenário atrativo para o comprador”, acrescenta.
“Com mais um mês de alto índice de velocidade de vendas, o mercado imobiliário do DF demonstra que o bom momento veio para ficar. Mantidas as condições de financiamento atuais, esse ciclo tende a ser longo, especialmente pela alta demanda habitacional que existe. Para quem não quiser arriscar, o momento de comprar é agora”, ressalta o vice-presidente do Sinduscon-DF, Adalberto Valadão Júnior.
O crescimento do setor também é sinalizado quando se comparam os resultados de 2021 com os de 2020, quando o indicador alcançou 6,6%: de um março para o outro, o IVV cresceu 65%. O IVV acompanha o desempenho do mercado imobiliário do Distrito Federal.
Iniciativa conjunta da Ademi DF com o Sinduscon-DF, a pesquisa é realizada pela Opinião Informação Estratégica. A coleta de dados é mensal, junto às construtoras e incorporadoras mais representativas do mercado. Quanto mais alto o índice, menor o tempo necessário para vender as unidades dos empreendimentos.
Expansão continuada
Em março de 2021, as regiões que registraram o maior volume de vendas foram Águas Claras (128), Noroeste (91) e Planaltina (62). Quando considerado o conjunto do primeiro trimestre, essas são as regiões que puxaram as vendas do mercado imobiliário, em um ranking que inclui as cidades de Santa Maria e Samambaia. No volume de lançamentos, as regiões que colocaram mais unidades novas no mercado no primeiro trimestre foram Planaltina (624), Águas Claras (500), Santa Maria (382) e Noroeste (289).
Em março, 80% das unidades comercializadas estavam em obras. O mercado imobiliário do Distrito Federal se expande tanto no segmento econômico (imóveis até R$ 250 mil) quanto nos segmentos de médio e alto padrões. “O cenário econômico tornou possível que a parcela do financiamento coubesse no bolso de mais pessoas, em todas as camadas da população. Além disso, a pandemia tornou necessário melhorar a moradia e muitas famílias têm procurado imóveis maiores”, explica o presidente da Ademi DF.