Levantamento do Secovi apontou que, em janeiro, Londrina tinha 4.647 imóveis disponíveis para locação: locações estão aquecidas e o setor está conseguindo corrigir os aluguéis
O mercado imobiliário começou a esboçar recuperação com incremento de vendas e locação em 2018, principalmente a partir do segundo semestre do ano passado. A perspectiva do setor para 2019 é positiva com a redução dos estoques.
De acordo com o Sincil (Sindicato dos Corretores de Imóveis de Londrina e Região) as locações registraram alta de 12% e as vendas entre 5,5% e 6%, em relação a 2017. "Os indicadores mostram uma retomada, pequena, mas estamos entrando na curva de recuperação de mercado", afirmou Marco Antonio Bacarin, presidente do Sincil.
As locações neste começo do ano estão aquecidas. De acordo com o diretor do Secovi (Sindicato da Habitação e Condomínios) Regional Norte, Marcello Scandelae, a procura por imóveis está 5% maior do que em janeiro de 2018. Dezembro e janeiro são meses mais movimentados, em função do ano letivo nas universidades.
"Janeiro é um mês de muito movimento. Tivemos aumento de 68% no volume de locação em relação a dezembro. Está melhor do que ano passado", comentou Scandelae. Segundo ele, a maior procura são por apartamentos na área central. "Temos um mix de quitinetes e até apartamentos de três quartos", explicou.
Além do incremento no volume de locações, segundo Marco Antonio Bacarin, o setor está conseguindo corrigir os aluguéis. "Já percebemos nos contratos que estão vencendo que já se consegue aplicar a inflação", disse o presidente Sincil.
O valor médio de aluguel na região central fica em torno de R$ 1.100. É possível encontrar apartamentos de um quarto com aluguel na faixa dos R$ 500. "Ainda temos estoques altos dos anos anteriores, mas já percebemos uma redução desde 2017", comentou o diretor do Secovi. Um levantamento do Secovi apontou que, em janeiro, Londrina tinha 4.647 imóveis disponíveis para locação, contra 4.792 de janeiro de 2018.
Cuidados - Janeiro e fevereiro costumam ser meses de mudanças, com novos estudantes chegando a cidade e outros trocando de apartamento. Esse movimento exige atenção de proprietários e inquilinos para evitar dor de cabeça.
O advogado Jossan Batistute, sócio do escritório Batistute Advogados, dá algumas orientações. "Antes de alugar um imóvel é imprescindível que se faça uma vistoria minuciosa para não haver problemas na hora da rescisão", afirmou. As imobiliárias e proprietários não podem exigir mais do que uma modalidade de garantia, sob pena de se cometer crime. A cobrança antecipada do aluguel somente pode ser feita em casos específicos previstos na lei do inquilinato.
Em caso de locação do imóvel para república de estudante, o advogado aconselha verificar se o condomínio permite o uso multifamiliar e estabelecer de forma clara o uso no contrato. O inquilino e o proprietário precisam estabelecer de forma clara se o imóvel pode ser república. Em 99% dos contratos a sublocação é passível de rescisão de contrato previsto no Código Civil, conforme Batistute. Ele lembra que um contrato bem feito evita muitos transtornos.