A Caixa começa a financiar imóveis de até R$ 350 mil pelo Minha Casa, Minha Vida a partir desta sexta-feira (7). Uma das novidades é que o aumento do valor dos imóveis: antes era de R$ 264 mil, no máximo. Veja as regras, taxas de juros e quem pode financiar.
Qual é a taxa de juros?
As taxas para financiar um imóvel variam de acordo com a renda da família e a região, mas são mais baixas. Vão de 4% ao ano a 8,16% ao ano.
O prazo máximo do financiamento é de 35 anos.
Cotistas do FGTS têm direito a financiamento com taxas menores. O benefício vale para titulares de conta vinculada no FGTS com, no mínimo, três anos de trabalho sob o regime do FGTS.
É possível fazer simulações pelo site do banco. Os interessados também podem acessar o aplicativo Habitação Caixa (disponível para iOS e Android).
Qual o valor máximo dos imóveis?
Para as famílias Faixas 1 e 2, o limite do valor do imóvel passa a variar entre R$ 190 mil e R$ 264 mil. O valor depende da localidade do imóvel.
Os beneficiários Faixa 3 poderão comprar imóveis com valor de venda ou investimento máximo de R$ 350 mil.
Os beneficiários podem ser contemplados com unidades construídas com recursos da União ou financiadas. O governo Lula tem como meta entregar para a população de baixa renda dois milhões de novas unidades habitacionais contratadas até o final de 2026.
Caixa recebe propostas de empresas
As empresas que querem construir imóveis do Minha Casa, Minha Vida já podem enviar suas propostas. A Caixa começou abriu nesta semana o espaço para recebimento de propostas do setor de construção civil e entes públicos.
Entidades organizadoras podem construir imóveis pelo Minha Casa, Minha Vida. As entidades podem ser formadas por cooperativas ou associações, por exemplo.
A Caixa vai receber e avaliar a documentação enviada pelas empresas. Em seguida, será feita uma vistoria do terreno. Com tudo aprovado, o projeto será enviado ao Ministério das Cidades para a publicação de portaria de enquadramento.
Banco trabalha para zerar estoque de obras paradas. A Caixa tem como objetivo retomar as obras de 15.000 unidades habitacionais da Faixa 1 do programa até o fim do ano, chegando próximo de zerar o estoque sob responsabilidade do banco.
Quem tem direito e quais as faixas de renda?
Famílias com renda mensal de até R$ 8.000 em áreas urbanas. Em áreas rurais, as famílias podem ter renda anual de até R$ 96 mil. Confira:
Áreas urbanas
Faixa 1: renda mensal de até R$ 2.640
Faixa 2: renda mensal de R$ 2.640,01 a R$ 4.400
Faixa 3: renda mensal de R$ 4.400,01 a R$ 8.000
Áreas rurais
Faixa 1: renda anual de até R$ 31.680
Faixa 2: renda anual de R$ 31.608,01 a R$ 52.800
Faixa 3: renda anual de R$ 52.800,01 a R$ 96.000
O valor das faixas se refere a renda que a família recebe sem contar benefícios sociais. O governo diz que as faixas não consideram valores recebidos via auxílio-doença, de auxílio-acidente, de seguro-desemprego, de BPC e do Bolsa Família.
Qual o limite de subsídio?
O subsídio é o valor do financiamento pago pelo governo federal. A família paga o restante do valor do imóvel.
Governo pode arcar com mais de 90% do valor do imóvel. Esse tipo de subsídio, com parcelas bem baixas atende apenas às famílias da faixa 1 de renda. O valor máximo é de R$ 170 mil para áreas urbanas e R$ 75 mil para áreas rurais.
Outro tipo está ligado ao financiamento pelo FGTS. As famílias das faixas 1 e 2 têm direito a um subsídio de até R$ 55 mil no valor da entrada do imóvel. Antes o valor era de R$ 47,5 mil.
As famílias da faixa 3 não têm direito ao subsídio na entrada do valor do imóvel. Elas têm direito às taxas de juros mais baixas oferecidas pelo programa.
Como famílias da Faixa 1 podem se inscrever para as unidades subsidiadas?
O interessado precisa fazer um cadastro na prefeitura de sua cidade. A prefeitura fará a inscrição no Cadastro Único e, depois do cadastro, será feita a seleção de imóveis de acordo com as regras definidas pelo Ministério das Cidades.
Governo Lula tem como meta entregar para a população de baixa renda dois milhões de novas unidades habitacionais contratadas até o final de 2026.
E das faixas 2 e 3?
As famílias devem procurar as incorporadoras com imóveis do Minha Casa, Minha Vida. Basta fazer uma simulação do financiamento, enviar para a instituição financeira e aguardar a aprovação do crédito. Se tudo der certo, o contrato será assinado.
Quem tem prioridade no programa?
Algumas famílias têm prioridade no programa. São aquelas que:
Estão em situação de rua
Tenham a mulher como responsável
Tenham pessoas com deficiência, idosos, crianças e adolescentes
Estão em situação de risco e vulnerabilidade
Estão em situação de emergência ou calamidade
Em deslocamento involuntário causado por obras públicas federais. Neste caso, é preciso preencher outros critérios e prioridades que podem ser definidos pelos estados, Distrito Federal, municípios e entidades Voltar ao Índice
Avanço do mercado imobiliário traz reflexos para o desenvolvimento das cidades (Folha Vitória – Economia – 06/07/2023)
Depois de 12 anos, Censo populacional do IBGE é atualizado e o Brasil supera o número de 700 milhões de habitantes, em Minas Gerais, o quarto maior estado do país, a cidade que mais cresceu está no interior, Uberlândia, onde o número de domicílios aumentou acima da média nacional.
Depois de 12 anos da última publicação, o Censo populacional brasileiro foi atualizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Divulgado no dia 28 de junho, os números mostraram que o Brasil chegou à marca de 203.062.512 habitantes, uma população 6,45% maior que em 2010. O estado de Minas Gerais superou a marca de 20 milhões de habitantes, crescendo 4,8% de 2010 para 2022.
Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foi a que mais cresceu no estado de Minas Gerais, 18,8%, chegando ao número 713.232. No ranking de população do IBGE a cidade ocupa o segundo lugar no estado, 18º na região sudeste e 28º no País. O panorama geral do Censo pode ser acessado no site do IBGE.
O aumento da população significa também aumento de domicílios. O crescimento nacional referente a domicílios foi de 34,21% e em Uberlândia, 53,74%.
Daniel Nunes de Souza, coordenador de área do IBGE em Uberlândia, afirma que os dados atualizados serão referência para o poder público direcionar investimentos nas áreas de saúde, transporte, educação, transporte e mobilidade. E o setor privado, como o imobiliário, por exemplo, também deve usá-los como referência. O grande desafio tanto de um lado quanto de outro é o crescimento com qualidade.
Uberlândia tem 109 mil habitantes a mais do que em 2010. Os números do IBGE mostram que a cidade mineira tem 337 mil domicílios, 296 mil deles com moradores, com média de 2,62 moradores por residência. “A cidade se expande. As pessoas precisam ter onde morar e o aumento acima da média nacional em números de domicílios mostra um mercado imobiliário aquecido”, comentou Daniel Nunes
Dados da pesquisa “Comportamento do Consumidor e as Tendências para 2023”, divulgada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) apontam que, na região Sudeste, 92% das pessoas que compraram imóveis em 2022 foram para residência própria. A mesma pesquisa aponta ainda que, entre os entrevistados também na região Sudeste, 67% dos entrevistados pretendem adquirir um imóvel para morar nos próximos 24 meses.
Para José Inácio Pereira, diretor superintendente do Granja Marileusa, bairro planejado na zona leste de Uberlândia, setores público e privado devem avaliar com atenção os novos números do IBGE para que o crescimento seja acompanhado de qualidade de vida. O bairro anunciou recentemente investimentos na ordem de R$ 400 milhões em sua nova fase de expansão, que terá seis novos loteamentos.
“O resultado do Censo traz um horizonte otimista para quem trabalha com o setor imobiliário no que se refere ao crescimento de domicílios no Brasil. O nosso desafio é entregar um urbanismo feito para acompanhar o estilo de vida das pessoas”, disse o executivo.
Efthymios Panayotes Emmanuel Tsatsakis, vice-presidente de Relações Trabalhistas do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Sinduscon-TAP) afirma que Uberlândia tem o que ele chama de um “tripé valioso”. “Temos aqui empresas da construção civil altamente empreendedoras e competitivas, agentes financeiros capazes de atender e absorver os financiamentos necessários para o empreendimento frutificar e compradores para os produtos lançados”.