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13/08/2024

Ministério das Cidades afirma que Minha Casa Minha Vida já busca ‘melhor inserção de empreendimentos’ (Valor Econômico)

Pasta citou a possibilidade de realização de empreendimentos habitacionais em imóveis disponibilizados pela Secretaria de Patrimônio da União em áreas centrais das cidades

O Ministério das Cidades afirmou nesta segunda-feira (12) que o Minha Casa Minha Vida “já tem buscado a melhor inserção dos empreendimentos”, ao citar a possibilidade de realização de empreendimentos habitacionais em imóveis disponibilizados pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU) em áreas centrais das cidades.

Reportagem publicada pelo Valor a partir de estudo feito pelos economistas Carlos Belchior, Gabriel Ulyssea e Gustavo Gonzaga mostra que os beneficiados pelo Minha Casa Minha Vida com mais retorno em termos de empregabilidade formal e redução de dependência financeira foram aqueles que moravam no bairro com melhor acesso ao mercado de trabalho formal. O trabalho se baseia em informações de conjuntos habitacionais do programa em três bairros da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.

Segundo o ministério, o Minha Casa Minha Vida tem como uma de suas maiores inovações o incentivo financeiro à construção de empreendimentos em áreas servidas de infraestrutura e acesso a comércios, serviços, transporte público e equipamentos públicos de educação, saúde e assistência social.

Os projetos de provisão habitacional de interesse social (HIS) nesses imóveis disponibilizados pela SPU trazem famílias para áreas mais centrais da cidade, “melhorando, portanto, a qualidade de vida dessas famílias, as trazendo para mais perto dos centros urbanos e, consequentemente, das oportunidades de trabalho”, diz a nota do ministério.

Sobre a possibilidade de ampliação do público-alvo, como foi mencionado pelo presidente Lula no ano passado, o ministério informou que “tal medida ainda se encontra em estudo”. O trabalho dos economistas Carlos Belchior, Gabriel Ulyssea e Gustavo Gonzaga mostra impacto maior em autossuficiência financeira e acesso ao mercado de trabalho formal entre a população mais pobre.

Dados do ministério de maio de 2024 mostram que 40% do atendimento do programa já se destinava às famílias da classe média, na faixa 3, entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil; 35% para as famílias da faixa 1, e 25% para as famílias da faixa 2.

FONTE: VALOR ECONôMICO