A Share Student Living — joint venture entre a Mitre Realty e a RedStone Residential — captou R$ 214 milhões em fundo de investimentos e participações (FIP), recursos que juntamente com parcela de dívida vão compor investimentos de R$ 460 milhões em moradias estudantis de padrão premium em até quatro anos.
Por enquanto, a Share tem um empreendimento em operação, com 236 camas, nas proximidades da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, mas há seis projetos em desenvolvimento na capital paulista, um em Campinas e um em Lajeado (RS). Quando todos os empreendimentos residenciais para renda estiverem operando, o total de camas somará 3.800.
O presidente da Mitre, Fabrício Mitre, ressalta que há grande potencial de crescimento do segmento residencial para renda no Brasil. “Esse mercado é maior do que o residencial para venda e do que o comercial”, diz o executivo. Mitre ressalta que a Share oferece “unidades com mobiliário, wifi e acesso a academia e sala de estudos”.
Dos recursos captados pelo fundo, a previsão é que 35% sejam desembolsados no primeiro ano, 35% no segundo e 30% no terceiro. A captação ocorreu, principalmente, junto a investidores nacionais — pessoas físicas e family offices. O fundo foi distribuído pelo Itaú e será gerido pela Cix Capital.
Nos negócios de incorporação, a Mitre mantém a estimativa de lançar até R$ 600 milhões neste ano. Há um mês, a empresa apresentou empreendimento de R$ 100 milhões, próximo à estação de metrô Guilhermina-Esperança, na zona Leste de São Paulo, com unidades destinadas às classes média e média-alta. O próximo projeto será lançado no Brooklin, na zona Sul, com VGV de R$ 170 milhões.
“A dinâmica macroeconômica está favorável ao setor, com taxas de juros baixas, mas há incertezas em relação à política”, afirma o presidente da Mitre.
