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20/05/2016

Momento do consumidor

Depois de anos de expansão acelerada, o setor imobiliário, assim como todos ou outros no País, está sentindo os efeitos do quadro econômico (e político) complicado que estamos vivenciando.

Ricardo Antunes Sessegolo 

O mercado imobiliário passa por um momento de baixa. Depois de anos de expansão acelerada, o setor, assim como todos ou outros no País, está sentindo os efeitos do quadro econômico (e político) complicado que estamos vivenciando. Juros elevados, aumento do desemprego e queda da confiança levam consumidores e empresários a adiar suas decisões de consumo e investimento. Entretanto, segundo os analistas, trata-se de uma situação conjuntural, e não de uma patologia estrutural do mercado imobiliário; e, portanto, tão logo a economia se recupere, voltará a se movimentar. Até porque o déficit habitacional - da ordem de mais de 5,4 milhões de unidades - está muito longe de ser solucionado.

Ao mesmo tempo, em Porto Alegre, devido às dificuldades para a aprovação de projetos na prefeitura, não ocorre o problema da "superoferta" de imóveis verificado em outras regiões do País. Tanto que, de 2013 para cá, a oferta de imóveis novos vem diminuindo e encontra-se atualmente em 3.446 unidades, segundo a Pesquisa do Mercado Imobiliário do Sinduscon-RS - um patamar extremamente baixo para uma cidade do tamanho de Porto Alegre. Diante de tal cenário, uma atitude inteligente por parte do consumidor seria a de aproveitar esse momento de oferta restrita e de preços mais moderados, promoções e aumento do seu poder de barganha para realizar o sonho da casa própria ou investir para garantir uma fonte sólida de retorno para os próximos anos. Mais do que nunca, esse é o momento do consumidor. 

 

Presidente do Sinduscon-RS

 

 

 

FONTE: JORNAL DO COMéRCIO - RS