O sonho de grande parte das pessoas é ter a casa própria, mas a hora certa de investir é também a dúvida, levando em consideração que para a concretização do sonho é preciso vencer diversas batalhas como achar o imóvel ideal, ter dinheiro guardado pelo menos para a entrada e ainda conseguir aprovar um financiamento de longo prazo. Outros muitos, ao se depararem com os desafios da compra, preferem permanecer no aluguel, onde a manutenção em geral, por exemplo, fica por conta do proprietário do imóvel.
Para os que preferem aderir ao aluguel, o corretor de imóveis Leonardo Dichoff, tem boas notícias. “O mercado palmense hoje está voltado prioritariamente para a locação”. Para ele o principal motivo do crescimento da procura pelo aluguel é a dificuldade imposta pelos agentes financeiros na hora de aprovar o financiamento imobiliário e citou ainda os juros que aumentaram. Em julho deste ano a Caixa, principal agente financeiro que trabalha com financiamento de imóveis, anunciou o aumento na taxa de juros, que passou de 9,3% para até 11,22% ao ano.
De acordo com um levantamento feito pela FipeZap a procura por aluguel, aumentou em todo o Brasil. O índice passou de 45% em 2013 para 61% neste ano. Uma das vantagens colocadas são as despesas gerais com pinturas e outros reparos que ficam a cargo da imobiliária. Outro ponto que estimula o aluguel é a indisponibilidade da família em assumir um compromisso de financiamento que geralmente dura 20 ou 30 anos, além da possibilidade de mudar de casa caso não goste do imóvel ou região em que mora.
“O perfil das pessoas que vão alugar pode se dar por quererem morar mais perto do trabalho e do lazer, ou ainda pelo conforto de não ter que pagar a prestação de um imóvel”, disse Dichoff ao lembrar que se o aluguel fica mais barato que a prestação de um imóvel, este pode ser um importante motivo para dar preferência ao aluguel.
Agora para quem deseja comprar, em Palmas o mercado imobiliário hoje é propício, tendo em vista o aumento da oferta, prioritariamente de apartamentos que atendem ao público de baixo, médio e alto padrão. Uma pesquisa da consultoria Prospecta Inteligência Imobiliária, divulgada pela revista Exame, é otimista e traz Palmas como a 41ª cidade brasileira com melhor potencial para se investir em imóveis. De acordo com o levantamento, os imóveis de todos os padrões são considerados com ótimo potencial de venda, levando em consideração um déficit habitacional de mais de 40% na Capital tocantinense.
Dichoff, concorda e considera que a realidade do mercado de Palmas hoje é de equilíbrio entre oferta e procura. “Há alguns anos a procura era muito maior que a oferta e hoje esse fator está equilibrado, pois aumentou inclusive o número de empreendimentos com unidades a pronta entrega. Hoje quem quer vender tem que trabalhar o preço e quem quer comprar é uma boa hora, até mesmo porque a rentabilidade que um imóvel na Capital gera é muito alta, superando outras capitais como Brasília.”
Uma boa notícia para os investidores neste ano foi a cota para financiamento dos imóveis usados que subiu de 60% para 70% e para as unidades habitacionais novas, que valem mais de R$ 750 mil, a cota aumentou de 70% para 80%.
O momento é propício, as oportunidades diversas e de acordo com o corretor o mais importante para quem deseja adquirir o imóvel é colocar “na ponta do lápis” quais os valores que serão investidos. “É preciso fazer projeções, analisar quais os benefícios, além de buscar profissionais qualificados e entender todos os procedimentos para a compra de um imóvel.”
Taxas - Um importante gasto feito assim que se compra um imóvel é o Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), neste caso é cobrado para transferência de propriedade e quem compra é quem tem que pagar. Essa taxa varia de cidade para cidade. Em Palmas, por exemplo, o imóvel financiado será taxado em 0,5% sobre o valor efetivamente financiado e 2% sobre o valor restante. Nas demais transmissões a taxa é de 2%. O Registro de Compra em Cartório, também deve ser feito e o gasto fica em torno de R$ 2 mil e para quem financia, ainda é preciso pagar uma taxa de vistoria ao banco.