A meta de vendas traçada pela Moura Dubeux para 2021 já foi batida, segundo o presidente da companhia, Diego Villar. De acordo com o executivo, os lançamentos estão em linha com o esperado, e a incorporadora irá cumprir sua projeção interna para o ano.
No começo do quarto trimestre, o ritmo de vendas se mostrou semelhante ao do início do trimestre passado, conforme Villar. “Não temos sinais para desacelerar lançamentos”, diz o presidente.
Há preocupação, reconhece o executivo, de que o mercado imobiliário possa ser mais desafiador com o movimento de elevação dos juros.
“Estamos cada vez mais atentos”, diz.
A companhia ainda não definiu seu orçamento para 2022, mas a expectativa é que lançamentos e vendas sejam “um pouco melhores do que os deste ano”, segundo Villar.
No terceiro trimestre, a incorporadora pernambucana teve lucro líquido de R$ 25,7 milhões.
Já a receita líquida caiu 19,3%, para R$ 160,3 milhões, mas a margem bruta passou de 29,7%, no terceiro trimestre de 2020, para 38,2% no período de julho a setembro.
A Moura Dubeux gerou caixa de R$ 19,5 milhões, no quinto trimestre consecutivo de geração de caixa.
Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores, Marcello Dubeux, a companhia vive seu melhor momento em relação a posição de caixa, endividamento líquido e a banco de terrenos.
No fim de setembro, a incorporadora tinha caixa líquido de R$ 52,6 milhões. O estoque de terrenos correspondia ao valor geral de vendas (VGV) potencial de R$ 4,5 bilhões.
Margem
A margem bruta ajustada deve se estabilizar no atual patamar, segundo Dubeux.
No terceiro trimestre, a companhia registrou margem bruta ajustada de 41%, o que representa avanço de 8,9 pontos percentuais na comparação anual.
A melhora do indicador resultou do aumento participação dos projetos mais recentes, cuja rentabilidade é superior à dos empreendimentos do legado das safras antigas.
Com atuação no Nordeste, a Moura Dubeux tem feito reajustes, em seus produtos de incorporação, pelo Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), mas não vem enfrentando altas de custos de obras na mesma proporção, o que também contribui para a melhora das margens.
A incorporadora também desenvolve empreendimentos no sistema de cotas de condomínios, cuja rentabilidade é maior do que a de incorporação.