A Moura Dubeux projeta desempenho de lançamentos e vendas, no segundo semestre, acima dos registrados na primeira metade do ano. “O mercado imobiliário está vivendo um bom momento desde que a Selic caiu ao patamar de 7% [início de 2018]. E o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] tende a se refletir nos níveis de emprego mais para o fim do ano”, disse ao Valor o presidente, Diego Villar.
As taxas de crédito imobiliário não caíram, proporcionalmente, quando a Selic atingiu sua mínima histórica, acrescenta Villar, o que possibilita que os juros cobrados nos financiamentos habitacionais não acompanhem o ritmo de altas da taxa básica.
De janeiro a junho, a companhia sediada em Recife apresentou R$ 591,6 milhões ao mercado e vendeu R$ 627,5 milhões. As vendas cresceram 341,7% em relação ao primeiro semestre de 2020, quando não houve lançamentos. No segundo trimestre, o Valor Geral de Vendas (VGV) dos lançamentos chegou a R$ 501,5 milhões, e a comercialização aumentou 400,7%, para R$ 383,3 milhões.
“Nominalmente, foi o nosso melhor trimestre em lançamentos e vendas. Também tivemos o melhor junho da história da companhia”, diz o presidente. A velocidade de comercialização medida pelo indicador VSO (vendas sobre oferta) líquida ajustada do trimestre ficou em 26,9%.
Em relação às altas de custos de materiais, a Moura Dubeux tem repassado o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) para os preços dos produtos de incorporação. A companhia desenvolve empreendimentos também no sistema de cotas de condomínios. Nesse caso, os custos das obras são pagos pelos clientes e também corrigidos pelo INCC.
No acumulado de 12 meses, os lançamentos somam R$ 1,263 bilhão, enquanto as vendas chegam a R$ 1,114 bilhão. A Moura Dubeux tem capacidade para alcançar o patamar anual de R$ 1,5 bilhão, mas não informa quando deverá atingir esse total.
A Moura Dubeux comprou oito terrenos, no trimestre, que correspondem ao VGV potencial de R$ 721 milhões. “Estamos comprando os melhores terrenos, criando barreiras para novos entrantes”, diz Villar. No fim de junho, o banco de áreas tinha potencial para desenvolver R$ 4,145 bilhões em projetos. Mesmo crescendo, a companhia gerou caixa de R$ 24 milhões, no trimestre, e de R$ 40 milhões no primeiro semestre. Em 12 meses, a geração de caixa soma R$ 154 milhões.