O trabalho de digitalização que a Moving Imóveis vinha realizando nos últimos anos deu frutos durante a pandemia do novo coronavírus. Com soluções para desktop e smartphones para busca de anúncios imobiliários, a companhia viu sua audiência subir 30% entre março, primeiro mês da pandemia, e julho. Para o serviço de avaliação digital de imóveis lançado no ano passado, houve uma verdadeira explosão de demanda: no mesmo período, o crescimento foi de 1.424%.
Mas a expansão da Moving também reflete o lançamento de novos serviços. No ano passado, graças à tradição da Engebanc no setor, a companhia aproveitou uma mudança de regra do Banco Central e lançou uma ferramenta online de avaliação de imóveis em 2019. Hoje, já fornece o serviço para Itaú e Santander. "Garantimos que o valor do imóvel chegue ao cliente em até 24 horas, o que reduz muito a burocracia. Antes, achar um avaliador para ir ao imóvel presencialmente podia levar semanas", lembra Bellotti. "Crescemos tanto na pandemia porque tínhamos nos preparado anteriormente."
A partir do êxito e do aumento da procura pelo serviço de avaliação, o Moving tem uma visão de futuro em que todo o processo de compra de um imóvel possa ser realizado remotamente. "Hoje, a liberação do crédito imobiliário ainda depende da agência, da relação entre o cliente e o gerente. Mas isso está mudando", diz Belotti, lembrando que a plataforma já consegue ofertar opções de diferentes bancos em crédito imobiliário (para os interessados em comprar). Para o cliente de aluguel, oferece seguro-fiança.
Para o CEO da Moving, já é possível pensar na perspectiva de que até a assinatura do contrato possa ser feita remotamente. "Aí a oferta vai se aproximar de vez da transação."