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12/05/2017

MRV acredita na virada em lançamentos neste ano

Em março, lançou, em São Paulo, as primeiras fases do Grand Reserva Paulista, seu maior projeto.

A MRV Engenharia estima que este será um ano de crescimento expressivo de lançamentos, expansão das vendas e continuidade da geração de caixa. "Este será o ano da virada em lançamentos", afirma o copresidente da companhia, Rafael Menin. A MRV tem como meta se tornar uma incorporadora de 60 mil unidades, ou seja, 50% maior do que atualmente, mas não divulga o prazo para alcançar o patamar.

Menin ressalta que, nos últimos três anos, os lançamentos da companhia ficaram estáveis, mas atingiram Valor Geral de Vendas (VGV) recorde para um primeiro trimestre de janeiro a março. "Caso a MRV consiga aumentar os lançamentos nos próximos trimestres, haverá incremento gradativo das vendas", diz.

A partir deste ano, a incorporadora aposta em grandes empreendimentos para crescer. Em março, lançou, em São Paulo, as primeiras fases do Grand Reserva Paulista, seu maior projeto.

Segundo Menin, a demanda por imóveis do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida está "um pouco melhor do que no ano passado". "Há recuperação lenta da confiança, e a ampliação do Minha Casa, Minha Vida é positiva, mas a principal alavanca para nosso crescimento, neste ano, será o aumento dos lançamentos e não o programa", diz o copresidente.

Em busca de redução de custos e de ganhos marginais de rentabilidade, a MRV está ampliando o uso de formas de alumínio. A incorporadora pretende elevar a fatia do sistema produtivo para 70% até o fim do ano, ante 44,4% no primeiro trimestre e de 27% no fim de 2016. Por enquanto, a maior parte da produção utiliza a alvenaria tradicional.

No primeiro trimestre, a MRV teve lucro líquido de R$ 131 milhões, com alta de 2% ante o mesmo período do ano passado. A receita líquida cresceu 2,6%, para R$ 1,007 bilhão. A margem bruta subiu de 32,9%, no primeiro trimestre de 2016, para 33,6% de janeiro a março. As despesas gerais e administrativas aumentaram 7,6%, para R$ 71 milhões.

No fim do trimestre, a dívida líquida sobre patrimônio líquido da MRV era de 6,9%. De janeiro a março, a companhia gerou caixa de R$ 71 milhões. Foi o décimo-nono trimestre de geração consecutiva de caixa. Há expectativa de continuidade da geração de caixa nos próximos trimestres.

Segundo Menin, não é possível projetar quando a MRV alcançará a condição de ter caixa líquido. Isso dependerá, conforme o executivo, da distribuição de dividendos e da compra de terrenos.

Já a Direcional Engenharia registrou prejuízo líquido de R$ 22,8 milhões no primeiro trimestre, revertendo lucro do mesmo período de 2016. A receita caiu 50,9%, para R$ 199,3 milhões. 

Segundo a empresa, a receita foi, novamente, impactada por distratos e descontos no segmento que compreende empreendimentos dos padrões médio, médio-alto e comercial.

A margem bruta da Direcional caiu de 20,5% para 9%. A margem bruta ajustada foi de 24%, ante 16,2% um ano antes. Ela consumiu caixa de R$ 49 milhões no primeiro trimestre. A alavancagem medida por dívida líquida sobre patrimônio líquido ficou em 22,8%. 

FONTE: VALOR ECONôMICO