Por Breno Damascena
Um bairro inteligente, com números superlativos e um investimento bilionário. O maior empreendimento da história da construtora MRV está em construção no distrito de Pirituba, zona norte de São Paulo. Com 1,7 milhão de m² de extensão, o complexo residencial voltado para o segmento econômico tem a previsão de inaugurar 11 mil moradias e receber 30 mil moradores em 10 anos.
O ‘Cidade Sete Sóis Pirituba’ representa a primeira smart city (cidade inteligente) da companhia na capital paulista. O projeto foi dividido em seis fases e recebeu um investimento de R$ 2 bilhões. A primeira fase engloba 4 mil apartamentos distribuídos em 11 torres que devem ser lançadas nos próximos três anos, sendo as três primeiras já em 2023.
As unidades terão de 34 a 45m², incluindo apartamentos com garagem e suíte. O preço médio de lançamento será de R$ 240 mil a R$ 350. “Queremos tangibilizar para o segmento popular conceitos que muitas vezes só são vistos no alto padrão e tornar esses diferenciais acessíveis pelo Minha Casa, Minha Vida”, explicou Ronaldo Motta, diretor executivo de Desenvolvimento Imobiliário da MRV&CO, no evento de lançamento do complexo.
O objetivo da incorporadora é atender famílias com renda mensal a partir de R$ 3 mil. O empreendimento também se encaixa no selo Casa Azul da Caixa, voltado para projetos que adotam soluções eficientes para uma habitação mais sustentável. A companhia prevê que, ao fim da década, a iniciativa vai gerar R$ 3 bilhões de VGV (Valor Geral de Vendas), além de mais de 12 mil empregos diretos e indiretos.
Sustentabilidade
Um dos pilares do Cidade Sete Sóis Pirituba é a sustentabilidade. A MRV antecipa uma área verde de 750 mil m² que abrange parques, praças, pomares e agroflorestas, o córrego Cantagalo e um parque linear que se estende por todo o complexo. “É uma área verde equivalente ao do Parque Villa Lobos”, compara Motta.
Este projeto é fruto de uma parceria entre os arquitetos Charbel Capaz, responsável pela parte urbanística, e Ricardo Cardim, criador do conceito paisagístico. O terreno também contará com 97% da floresta nativa preservada e suplementada com o plantio de 36 mil mudas de árvores da Mata Atlântica. “Todo o empreendimento é inspirado nos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU)”, complementa o diretor.
Bairro com vida própria
A meta da companhia é desenvolver um bairro de 15 minutos. Ou seja, um espaço onde os moradores tenham acesso a pontos de lazer, transporte, comércios e outras demandas do cotidiano dentro de uma distância curta de caminhada – limitando a necessidade de ter um carro para o transporte.
Para isso, a MRV pretende adotar recursos urbanísticos como calçadas largas, distribuir estrategicamente ciclovias e bicicletários e construir edifícios com fachadas ativas. Ao todo, estão previstos mais de 9 mil m² de lojas comerciais distribuídas em 25 lojas, e mais de 20 mil m² divididos em 7 lotes comerciais para estabelecimentos de maior porte.
“Todos os comerciantes e prestadores de serviços que se instalarem nestes espaços vão passar por um filtro. Devem ser negócios que se conectem com a expectativa local”, afirma Eduardo Fischer, CEO da MRV&CO. Além disso, o bairro inteligente receberá espaços e equipamentos de lazer e convivência no bairro, como mais de 20 praças com quadras poliesportivas, pistas de skate, playgrounds, área fitness e pet place.
Estima-se ainda a criação de uma ciclovia com mais de 8 quilômetros de extensão, 15 km de novas vias, e uma malha viária que conectará as avenidas Raimundo Pereira de Magalhães e Doutor Felipe Pinel.
(Matéria publicada em 01/11/2023)