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09/10/2024

MRV&CO; e Cyrela crescem no 3º tri (Valor Econômico)

Incorporadoras elevaram vendas e lançamentos no período, na comparação anual, de acordo com prévias operacionais

Dois gigantes do setor imobiliário, MRV&CO e Cyrela divulgaram prévias operacionais nesta terça-feira (8) com aumento de lançamentos e vendas.

Na Cyrela, os lançamentos cresceram 65% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período de 2023, para R$ 2,48 bilhões, e as vendas subiram 45%, para R$ 2,46 bilhões.

 

A divisão de incorporação da MRV&CO, com as marcas MRV e Sensia, elevou os lançamentos em 59,7% no trimestre, na comparação anual, para R$ 2,9 bilhões. É onde estão os projetos dos programas Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e Pode Entrar.

 

As vendas líquidas cresceram 24,4% no mesmo intervalo, para R$ 2,7 bilhões. O diretor-financeiro Ricardo Paixão afirma que as vendas maiores, acompanhadas pela evolução da produção de unidades, devem resultar em aumento de receita no terceiro trimestre. Para ele, o desafio da empresa é conter a “ansiedade para ver o resultado financeiro alcançar o operacional”.

A divisão de incorporação da MRV teve geração de caixa ajustada, que não contabiliza troca de dívidas, de R$ 124 milhões, alta de 10,8% em um ano.

 

Na subsidiária americana da MRV&CO, Resia, os lançamentos atingiram R$ 1,1 bilhão e as vendas somaram R$ 604 milhões. Não houve lançamentos ou vendas no terceiro trimestre de 2023. A empresa vendeu, em setembro, um empreendimento.

Paixão conta que a Resia pretende vender mais dois projetos no ano, e tem outros quatro em estabilização, já entregues e sendo alugados. No total, os seis empreendimentos somam US$ 588 milhões em vendas.

 

O início do ciclo de corte de juros pelo Fed, o banco central americano, deve ajudar o negócio, ao aumentar a rentabilidade de vendas e tornar o mercado “mais líquido”. “Com a taxa caindo, os investidores também têm apetite para comprar imóveis antes da estabilização”, afirma.

 

No terceiro trimestre, a Resia teve geração de caixa de R$ 140 milhões, ante queima de R$ 433 milhões um ano atrás.

A Luggo, que constrói prédios para locação, não teve lançamentos, mas vendeu um projeto para a Brookfield por R$ 89 milhões. A divisão gerou R$ 11,3 milhões em caixa, comparáveis à queima de R$ 54,3 milhões há um ano. Paixão diz que mais uma venda é esperada em 2024. Já a loteadora da MRV&CO, Urba, fez R$ 169 milhões em lançamentos. As vendas cresceram 86% em um ano, para R$ 38 milhões, mas houve queima de caixa de R$ 13,6 milhões, maior que os R$ 8,6 milhões do terceiro trimestre de 2023. 

FONTE: VALOR ECONôMICO