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16/04/2019

MRV elevou lançamentos e vendas no primeiro trimestre

Menin diz não estar preocupado que possam faltar recursos para o Minha Casa, Minha Vida.

Os lançamentos da MRV Engenharia cresceram 35,9% no primeiro trimestre, na comparação anual, para R$ 1,094 bilhão. De janeiro a março, as vendas líquidas aumentaram 6%, para R$ 1,309 bilhão. "O primeiro trimestre foi muito bom. Estamos satisfeitos com os resultados. Gostaríamos de ter começado o ano pisando no acelerador, mas deixamos de reconhecer um volume grande de vendas", conta o presidente da incorporadora, Rafael Menin.

Houve atrasos no processo de repasses e na contratação de financiamentos à produção decorrentes da transição de governo. Segundo Menin, a Caixa Econômica Federal - principal banco com atuação no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida - fez muito poucos repasses até fevereiro.

Como a MRV adota o modelo de "venda garantida", em que a operação é registrada somente após o repasse, parte do que foi comercializado não foi reconhecido no trimestre. Isso resultou no consumo de caixa de R$ 19 milhões de janeiro a março, interrompendo 26 trimestres consecutivos de geração de caixa.

De acordo com o copresidente, a MRV está otimista com o segundo trimestre e espera um primeiro semestre melhor do que o mesmo período do ano passado. "Vamos lançar mais e produzir mais do que no ciclo anterior", diz Menin.

No primeiro trimestre, a MRV produziu 9.880 unidades, com alta de 24,1%, na comparação anual, e concluiu 6.390 unidades, com queda de 14,9%. Os números consideram a parte própria nos empreendimentos.

Menin diz não estar preocupado que possam faltar recursos para o Minha Casa, Minha Vida. "O governo é bastante técnico e está preocupado não só com os recursos do OGU [Orçamento Geral da União], mas com a continuidade do programa", diz o copresidente.

Podem existir ajustes, segundo Menin, mas a expectativa é que haja recursos para 2019. O que tem ocorrido, segundo o executivo, é que o governo está mais rigoroso na liberação dos empreendimentos e que as incorporadoras precisam atender a mais critérios técnicos para aprovar projetos. 

FONTE: VALOR ECONôMICO