A MRV Engenharia pretende elevar lançamentos e vendas, aumentar a participação de empreendimentos de média renda em seus negócios e continuar a gerar caixa em 2019, segundo o copresidente Rafael Menin. A companhia, que já fechou financiamento na planta com o Santander com recursos da poupança de imóveis econômicos, vai anunciar, em breve, parcerias semelhantes com o Bradesco e com o Banco Inter. "Estamos bem otimistas", afirma Menin.
No ano passado, os lançamentos da MRV cresceram 14,2%, para R$ 6,424 bilhões. As vendas contratadas aumentaram 2,7%, para R$ 6,217 bilhões. No trimestre, a incorporadora lançou R$ 2,23 bilhões, com alta de 33,5%, e vendeu R$ 1,733 bilhão, valor estável na comparação anual. Os distratos tiveram queda de 10,3%, no ano, para R$ 990 milhões, e caíram 29,9%, de outubro a dezembro, para R$ 200 milhões.
De acordo com Menin, a incorporadora poderia ter vendido R$ 100 milhões a mais, no quarto trimestre, se não fossem restrições de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, que afetaram os repasses. O copresidente da MRV diz que acreditar que a redução de subsídios para a faixa 1,5 do programa, definida recentemente, já seja suficiente para que não faltem recursos do FGTS neste ano.
Sem revelar o nome da instituição, Menin conta que um dos bancos privados vai financiar a companhia com recursos do FGTS.
No ano passado, o total de unidades produzidas chegou a 40.264. "Teremos volume de unidades a serem construídas 15% maior em 2019", diz o executivo.
No quarto trimestre, a MRV gerou caixa de R$ 43 milhões e, no acumulado do ano, de R$ 469 milhões. O executivo ressalta que a utilização da tecnologia de forma de alumínio em todos os projetos lançados e o consequente aumento do ritmo de produção contribuíram para a companhia gerar mais caixa. Em sete anos de geração de caixa recorrente chegou a R$ 3,3 bilhões, e a companhia distribuiu R$ 2,2 bilhões entre dividendos e recompra.
O banco de terrenos da incorporadora mineira corresponde ao Valor Geral de Vendas (VGV) potencial de R$ 50 bilhões.