Maior construtora residencial do País, a MRV acaba de montar um centro de pesquisa e desenvolvimento em Belo Horizonte. A iniciativa receberá investimento de R$ 1 milhão nos próximos 36 meses e terá uma equipe de 20 pessoas que irão pensar, em tempo integral, como novos materiais e processos construtivos poderiam melhorar a qualidade dos empreendimentos e o lucro do grupo.
A MRV trabalha com plantas parecidíssimas e em grande escala, com operações em mais de 150 cidades no Brasil e nos Estados Unidos. No futuro, todas as obras tendem a utilizar os mesmos tipos de instalações, revestimentos e coberturas, o que permitiria ao grupo uma economia relevante na compra de materiais, além de ganhos logísticos, segundo o copresidente da MRV, Eduardo Fischer.
Centro de inovação vai testar materiais
O polo da MRV fica junto ao Centro de Inovação e Tecnologia (CIT) do Senai e Fiemg. Lá estão sendo construídos dois pavimentos com oito apartamentos, onde serão realizados testes em parceria com fornecedores. A MRV está de olho, por exemplo, na adoção de telhas fotovoltaicas em coberturas capazes de gerar energia elétrica, além de revestimentos que possam ser aplicados por máquinas, em vez do trabalho artesanal.
Na linha de frente dos testes também estão as paredes de drywall, pouco usadas no Brasil. Para a MRV, a vantagem seria diversificar os custos de construção. Nos últimos anos, a empresa substituiu as paredes de alvenaria erguidas tijolo a tijolo, por formas de alumínio, içadas para a laje e “recheadas” com concreto. A mudança foi um símbolo importante de inovação, reduzindo o tempo de obra e aumentando a precisão do trabalho. Por outro lado, o orçamento ficou dependente dos custos do concreto e do aço, cujos preços são influenciados pelo dólar.