Depois de registrar recordes de lançamentos, vendas líquidas e produção em 2019, a MRV Engenharia - maior incorporadora do país - prevê que 2020 será mais um ano de crescimento, segundo o copresidente, Rafael Menin. Ele se mostra bastante otimista diante do cenário de juros em queda e da retomada da compra de imóveis para investimento e diz que a empresa irá lançar, vender e produzir mais. “A MRV vai surfar neste novo Brasil”, afirma. No entendimento do copresidente, a companhia é a que tem maior possibilidade de crescer no cenário atual.
Com condições de atender a famílias com renda mensal de R$ 2 mil a R$ 8 mil, a MRV atua, principalmente, no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Mas a empresa expandiu, desde o ano passado, sua presença para parte dos imóveis financiados com recursos de poupança e, por meio da plataforma Luggo, para unidades destinadas a locação.
No ano passado, a companhia mineira lançou o Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 6,901 bilhões, com alta de 7,4% em relação a 2018. As vendas líquidas cresceram 3,4%, para R$ 5,405 bilhões. Os distratos tiveram redução de 50,6%, para R$ 489 milhões, o menor volume dos últimos anos. O volume produzido aumentou 7,3%, para 39.660 unidades.
De outubro a dezembro, a MRV lançou R$ 2,37 bilhões, o que representa incremento de 6,3% na comparação com o quarto trimestre de 2018. As vendas líquidas da companhia caíram 9,9%, para R$ 1,382 bilhão. A concentração de lançamentos em dezembro prejudicou o desempenho das vendas do trimestre.
A MRV consumiu caixa de R$ 34,1 milhões no quarto trimestre, em decorrência do seu momento de expansão, com o objetivo de, futuramente, operar no patamar de 50 mil unidades anuais. Em 2019, o desembolso com terrenos somou R$ 685,5 milhões, 41,5% a mais do que no ano anterior. Os gastos com formas de alumínio cresceram 26,4%, para R$ 108,7 milhões, como consequência da produção recorde e do aumento do uso da parede de concreto.
No fim do ano passado, o banco de terrenos da MRV correspondia ao VGV potencial de R$ 52,5 bilhões. Na comparação com 2018, o estoque de áreas da incorporadora ficou 5,6% maior.
