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09/02/2017

Mudanças no Minha Casa são positivas para incorporadoras, diz Moody's

A agência cita que ainda há mais de 120 mil unidades residenciais prontas nos estoques das incorporadoras, o suficiente para abastecer o mercado por 12,6 meses, considerando-se a atual velocidade de vendas.

A agência de classificação de risco Moody’s avalia como positivas para as incorporadoras que atuam nos segmentos de baixa e média renda as mudanças anunciadas, nesta semana, pelo governo no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

A Moody’s cita que as medidas dão sustentação à demanda por moradias em um momento em que as incorporadoras enfrentam distratos elevados e liquidez restrita, com provável aceleração de vendas e estímulo a lançamentos.

Com mais famílias tendo acesso a financiamentos de baixo custo e número maior de unidades elegíveis para o programa, as vendas para as rendas baixa e média-baixa devem acelerar, na avaliação da agência.

A Moody’s cita que o governo anunciou aumentos no limite da renda familiar e do teto de preços das unidades, o que permite que mais pessoas e imóveis sejam enquadrados no programa. As taxas de juros do Minha Casa, Minha Vida são inferiores às de mercado.

No entendimento da agência, as mudanças são também uma evidência adicional do compromisso do governo com a recuperação do setor. Apesar disso, a Moody’s diz esperar somente uma recuperação parcial do setor neste ano, com guinada mais provável em meados de 2018.

A agência cita que ainda há mais de 120 mil unidades residenciais prontas nos estoques das incorporadoras, o suficiente para abastecer o mercado por 12,6 meses, considerando-se a atual velocidade de vendas.

A desaceleração do setor de incorporação começou em 2012, refletindo a deterioração da economia e as incertezas políticas, que resultam em velocidades de vendas menores e elevação dos distratos. 

FONTE: VALOR ECONôMICO