A região das avenidas Berrini e da Chucri Zaidan, na zona sul de São Paulo, tem atualmente uma taxa de vacância de lajes corporativas superior ao da média da capital, favorecendo as negociações para os inquilinos.
Segundo o balanço da consultoria JLL para o primeiro trimestre de 2022, o percentual de metros quadrados desocupados em imóveis premium em São Paulo era de 24,6%. No chamado eixo Berrini-Chucri, estava em 32%.
A alta taxa de disponibilidade no eixo está ligada ao aumento do estoque nos últimos anos, quando muitos prédios novos foram entregues. Na Chucri, segundo a consultoria Cushman & Wakefield, 29 edifícios acumulam 837,8 mil metros quadrados, dos quais 286,9 mil estão disponíveis atualmente. Na Berrini, são 325,5 mil metros quadrados em lajes corporativos, e 91,2 mil metros quadrados estão desocupados.
Apesar da alta vacância no eixo, a Chucri Zaidan registrou o segundo maior volume de locação no primeiro trimestre, com 19, 7 mil metros quadrados contratados, atrás apenas da Faria Lima.
Entre as chamadas regiões primárias, aquelas que atraem mais interesse das empresas, o eixo Berrini-Chucri é o único cuja situação de negociação é considerada melhor para quem está interessado em ocupar.
Quando o mesmo parâmetro é aplicado às regiões da Juscelino Kubitschek, Faria Lima e Itaim Bibi, a conclusão da JLL vai no sentido oposto: o baixo estoque de lajes torna os contratos melhores para os proprietários.
No primeiro trimestre deste ano, a ocupação do edifício Birmann 32, na Faria Lima, fez com que a vacância de imóveis premium na região caísse. Segundo dados da Cushman & Wakefield, a taxa de lajes descocupadas na região está em 16,9%. Para a JLL, está em 8%.
Matéria publicada em 01/05/2022