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05/09/2017

Nova letra imobiliária é positiva para banco, diz Moody's

A Moody's aponta ainda que, com a recuperação econômica, os bancos devem aumentar os empréstimos, focando inicialmente em segmentos menos arriscados, como o imobiliário.

A regulamentação da Letra Imobiliária Garantida (LIG), versão brasileira do "covered bond", é positiva para os bancos locais, pois cria uma alternativa de funding de longo prazo para financiar o setor imobiliário, afirmou a agência Moody's ontem em relatório.

Segundo a agência, a LIG vai melhorar a liquidez dos bancos quando comparada com os recursos da poupança ou letra de crédito imobiliário (LCI). "Nós esperamos que os prazos da LIG cresçam ao longo do tempo, à medida que o crescimento econômico do Brasil se prove sustentável, com os vencimentos se aproximando gradualmente da média de 11 anos de uma hipoteca no Brasil", diz a agência.

Para a Moody's, os principais emissores de LIG devem ser os cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Caixa). A agência estima que o volume potencial desse instrumento pode chegar a R$ 600 bilhões, quase dobrando o total atual de financiamento imobiliário no país.

A Moody's aponta ainda que, com a recuperação econômica, os bancos devem aumentar os empréstimos, focando inicialmente em segmentos menos arriscados, como o imobiliário.

Ao mesmo tempo, a queda de juros deve levar os investidores a buscar alternativas de maior retorno. "A regulamentação da LIG fornece uma isenção tributária para investidores locais e estrangeiros, o que vai estimular a demanda por esses títulos".

A agência aponta ainda que a legislação brasileira está em linha com os padrões internacionais. 

FONTE: VALOR ECONôMICO