Mudanças demográficas impactam diretamente no setor imobiliário. De acordo com o último Censo Populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2022, em quase 16% dos 74,1 milhões de domicílios do país, vivia somente um morador, e aumentou a tendência de famílias formadas apenas por casais que decidem não ter filhos, taxa que subiu de 13%, há 25 anos, para 19%.
A demanda por imóveis de metragens menores cresceu e deve continuar crescendo, especialmente na locação de unidades residenciais. Conforme pesquisa qualitativa de caráter exploratório do Secovi-SP, realizada com pessoas de diferentes perfis, os inquilinos buscam unidades compactas por várias razões.
Jovens que querem sair da casa dos pais para ter independência, divorciados, solteiros e casais sem filhos desejam essa tipologia por questão de praticidade na manutenção e, especialmente, a localização mais central. Proximidade com trabalho, meios de transporte e conveniência do entorno são os principais atributos apontados.
Outro ponto destacado é que o valor absoluto dessas unidades menores possibilita o acesso de inúmeras pessoas à compra de imóveis bem situados, em regiões com apartamentos maiores e, portanto, preços mais altos.
Em razão de seu estilo de vida (não ficam muito em casa), os inquilinos se mostram satisfeitos com a metragem das unidades alugadas. Os investidores também, porque a demanda é alta e crescente.